domingo, 21 de abril de 2024

Pronta para o amor

 


Maiko Kosaka tem 32 anos e está desanimada em ainda ser virgem.  Ela fica se comparando com os outros (um pouco deprimente e raiz de todo problema). Ela acha que tem algo errado com ela por não conseguir fazer sexo e em momentos se culpa por isso. 

Quando peguei para assistir, até achei que seria alguma personagem estereotipada e que o enredo seria puxado para comédia, mas não foi isso que aconteceu (e achei muito bom).  A série não foca só na história de  Kosaka, mas também  explora os relacionamentos de outros personagens que convivem com ela.  

O enredo basicamente é sobre relações amorosas e as dificuldades que relacionamentos podem passar. Os episódios da série são bem curtinhos, por isso não vou fazer muitos comentários porque qualquer coisa que mencione talvez se transforme em um grande spoiler.

Kosaka pode refletir qualquer um de nós tendo inseguranças por se comparar com outras pessoas. As vezes o que enxergamos como um problema nem é um problema no fim das contas é só uma percepção equivocada de que deveríamos estar no mesmo local que o outro está.  Acho que nesses momentos é importante buscar ajuda especializada. Gostei bastante da série porque conseguiu abordar questões humanas de forma simples e sensível.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Suzume

 


Era um filme que eu queria muito ter assistido no cinema, mas acabei não conseguindo e agora finalmente tive a oportunidade porque ele chegou ao catálogo da netflix. 

Suzume é uma jovem comum que vive com a tia porque sua mãe faleceu. Um dia ela vê um rapaz lindo (lindo até demais,  me lembrou o Howl do castelo animado e por um momento achei que era um fantasma), Souta. Ele procura por ruínas e sem conseguir tirá-lo da cabeça, ela vai atrás dele.

É aí que ela encontra uma porta para outro mundo,  mas que parece não conseguir atravessar.  Porém coisas estranhas começam acontecer,  coisas que só Suzume consegue ver e precisa voltar para encarar a porta da qual emerge uma estranha energia. A porta precisa ser fechada. O totem que selava a porta, foi removido por Suzume que não sabia sua importância.  O totem, um gato falante chamado Daijin, transformou o Souta em uma cadeirinha e criou uma confusão.  Agora Suzume precisa ajudar Souta a deixar de ser uma cadeirinha (hahahahah) e selar a porta para que o Japão não seja destruído. 

Eu gostei muito da personalidade da Suzume, em como ela não tem medo e se joga nessa aventura para proteger a vida de todos mesmo se colocando em várias situações de risco. Por causa dessa missão, vemos a construção de novos laços. A vida dela parecia bastante estagnada, mas ao sair do lugar onde ela estava, Suzume tem a oportunidade de encontrar pessoas e de se reencontrar. O luto faz muitas vezes isso com a gente. Ele nos deixa estacionados no mesmo lugar. Em diferentes momentos do filme, vemos a cena da personagem principal chamando pela mãe que havia falecido. Ela estava presa naquele lugar, naquele momento. Com ela aprendemos que é preciso ter coragem e que só nós mesmos podemos dar o primeiro passo.

Daijin, o gato fujão, partiu meu coração e a cadeirinha correndo atrás dele foi algo que me quebrou várias vezes (isso é tudo que vou dizer). É um filme com enredo profundo e que gostaria de ter assistido no cinema (não me canso de dizer isso).