Era um filme que eu queria muito ter assistido no cinema, mas acabei não conseguindo e agora finalmente tive a oportunidade porque ele chegou ao catálogo da netflix.
Suzume é uma jovem comum que vive com a tia porque sua mãe faleceu. Um dia ela vê um rapaz lindo (lindo até demais, me lembrou o Howl do castelo animado e por um momento achei que era um fantasma), Souta. Ele procura por ruínas e sem conseguir tirá-lo da cabeça, ela vai atrás dele.
É aí que ela encontra uma porta para outro mundo, mas que parece não conseguir atravessar. Porém coisas estranhas começam acontecer, coisas que só Suzume consegue ver e precisa voltar para encarar a porta da qual emerge uma estranha energia. A porta precisa ser fechada. O totem que selava a porta, foi removido por Suzume que não sabia sua importância. O totem, um gato falante chamado Daijin, transformou o Souta em uma cadeirinha e criou uma confusão. Agora Suzume precisa ajudar Souta a deixar de ser uma cadeirinha (hahahahah) e selar a porta para que o Japão não seja destruído.
Eu gostei muito da personalidade da Suzume, em como ela não tem medo e se joga nessa aventura para proteger a vida de todos mesmo se colocando em várias situações de risco. Por causa dessa missão, vemos a construção de novos laços. A vida dela parecia bastante estagnada, mas ao sair do lugar onde ela estava, Suzume tem a oportunidade de encontrar pessoas e de se reencontrar. O luto faz muitas vezes isso com a gente. Ele nos deixa estacionados no mesmo lugar. Em diferentes momentos do filme, vemos a cena da personagem principal chamando pela mãe que havia falecido. Ela estava presa naquele lugar, naquele momento. Com ela aprendemos que é preciso ter coragem e que só nós mesmos podemos dar o primeiro passo.
Daijin, o gato fujão, partiu meu coração e a cadeirinha correndo atrás dele foi algo que me quebrou várias vezes (isso é tudo que vou dizer). É um filme com enredo profundo e que gostaria de ter assistido no cinema (não me canso de dizer isso).