sábado, 26 de junho de 2021

Amor em Manhattan - Sarah Morgan


 

Primeiro livro da série Para Nova York, com amor publicada pela editora Harlequin (Finalmente lendo o primeiro livro publicado aqui dessa série). Nesse livro a gente vai acompanhar Paige que junto com suas amigas, Eva e Frankie, foram demitidas da Estrela Eventos. Esse emprego significava muito para elas porque podiam trabalhar juntas, além disso para Paige era sua forma de independência. Quando era jovem por causa de um problema de coração, ela vivia cercada de muito cuidado ao ponto de se sentir sufocada e ter esse trabalho, que ela gostava muito, era também uma forma de liberdade. É nesse momento de não saber o que fazer, de desespero para as moças que surge a ideia delas montarem uma empresa juntas, a Gênio Urbano. Quem dá a ideia é o Jake, paixão que ela pensa não ser correspondida  (isso mesmo que você leu). 

Paige Walker  é uma mulher organizada, tem listas para tudo, é leal a suas amigas e ama o seu trabalho. E por isso, para ela é um golpe bem forte perder o emprego. Ela também tem uma fixação pelo Jake, melhor amigo do irmão dela (eu fiquei geeeeeeeeeeente). É como se o Jake fosse o único homem na face da terra. Acho até um pouco desconcertante a força dos pensamentos dela quando os dois estão no mesmo local (que isso, calma). Eu inclusive já estava me perguntando como eles ficariam juntos. Ela não gosta de depender dos outros, de pedir ajuda e é isso, ela quer provar que pode sozinha e que não precisa de proteção.

Jake irresistível Romano tem uma beleza impiedosa (é o que??). A protagonista diz que ele é muito bonito e charmoso (e foi assim que o imaginei também). Ele foi abandonado e quando tinha 6 anos foi adotado por Maria Romano, uma senhora completamente encantadora (Eu me apaixonei pela Maria no momento em que ela apareceu quero só deixar registrado). Jake apesar do seu começo difícil conseguiu conquistar uma posição confortável no mundo dos negócios. Então vamos acrescentar habilidoso para sua lista de qualidades. Ele gosta da Paige, a atração que ele sente por ela é evidente para nós leitoras, mas ele não quer ter um relacionamento com ela porque não acredita em amor. Ele se força a recusar quando ela se declara para ele e mantém uma distância segura até que a perda do trabalho anterior dela os coloca próximos de novo.

Quem não leu a prequel pode no começo não saber bem quem é Matilda e ficar com impressão negativa sobre o Chase assim como Paige e suas amigas. Até porquê o que aconteceu com a Matilda está interligado com as demissões delas. Lembrando que tem resenha no blog da prequel, mas que a mesma não foi lançada aqui no Brasil. Isso quer dizer que você não vai entender o que aconteceu? A resposta é não, mas você vai ter que esperar até as personagens descobrirem. O livro alterna o foco da narrativa entre a Paige e o Jake o que para mim é muito importante e vocês vão me ver sempre elogiando isso em cada leitura quando acontecer. Além disso fiquei muito interessada na Frankie e no que vai rolar no livro dela. Também, quero dizer que desde já estou aqui apaixonada pelo Matt, irmão da protagonista (toca música de fundo q). Outro ponto bacana é que existem certas pistas sobre os casais dos próximos livros e achei isso muito divertido.

sábado, 19 de junho de 2021

Uma proposta e nada mais - Mary Balogh


 

Primeiro livro da série Clube dos sobreviventes publicada pela editora Arqueiro. Cada livro da série tem como protagonista um dos membros do mencionado clube. Porém o que seria esse tal clube? É como se auto denominam um grupo de pessoas que sobreviveram aos horrores da guerra. São eles: o duque de Stanbrook, Hugo Emes, Benedict Harper, Ralph Stockwood, Flavian Artnott, Imogen Hayes e Vincent Hunt. Uma vez por ano eles se reúnem na casa do duque, Penderris Hall, para conversar já que encontram uns nos outros uma forma de consolo. Do clube, Vincent é o que mais me interessou e por isso aguardo o livro dele para o conhecer melhor.

Gwendoline Grayson, lady Muir, passou por poucas e boas na vida. Ela sofreu um acidente, perdeu o filho que esperava e ficou com uma sequela. O marido também faleceu. Apesar disso tudo, ela tenta ter bom humor e sorrir. Sete anos se passaram sem que ela nunca tivesse pensado em casar novamente até que um dia ela se sentiu extremamente sozinha e a ideia passou pela cabeça. Ela tinha ido visitar uma amiga que enviuvou recentemente, a visita não havia sido como esperado e ela decidiu passear na praia. O lugar fica dentro das terras do duque. Lá ela sofreu um acidente e é resgatada por Hugo.

Hugo Emes, lorde Trentham, é taciturno e carrega sempre uma expressão assustadora no rosto. Ele é muito sincero e direto, o que para sociedade aristocrata não é um comportamento muito nobre. De fato, o comportamento dele choca a Gwen quando eles se encontram pela primeira vez, mas ela se acostuma e começa a se sentir atraída por ele. Eu não sei o que pensar sobre o Hugo ao mesmo tempo que gosto dele, em alguns pontos desgosto também, acho certas falas dele um pouco inconvenientes. Só não vou negar que existe certo charme nele, algo que te motiva a ler para saber mais sobre ele.

O foco da narrativa alterna entre Hugo e Gwen e isso é maravilhoso para conhecer o que cada um deles está sentindo, pensando. Gostei muito das descrições feitas pela Mary Balogh, são fáceis de imaginar. A escrita dela também nos ajuda a criar interesse pelos personagens descritos ou até mesmo vínculos com eles. A ausência de um vilão de fato no livro me fez me sentir muito bem. Não estou dizendo que não exista pessoas ruins com atitudes mesquinhas na história, mas não acho possível considerá-las vilãs já que não atrapalham a jornada dos protagonistas. Os personagens de livros de outras séries aparecem nesse e pode ser um spoiler caso você não tenha lido os anteriores, já que os personagens aparecem já casados e em certo ponto a história deles é mencionada. Não é algo que me incomode, só me dá mais vontade de ler o livro anterior, mas se você se importa em ter qualquer pontinha de spoiler que seja, talvez isso seja um problema para você.

sábado, 12 de junho de 2021

The autumn bride - Anne Gracie


 

Primeiro livro da série The Chance Sisters. Infelizmente a série não foi publicada no Brasil e por isso li em inglês. Como todos que acompanham o blog sabem, eu amo Anne Gracie e já não tenho mais paciência de esperar por seus livros serem lançados por aqui e por isso resolvi ler em inglês mesmo. Para minha surpresa, não tenho achado tão complicado assim ler romance de época em inglês, tirando uma expressão ou outra que não entendo, acho que peguei o ritmo finalmente. 

Esse primeiro livro vai nos introduzir a série e a protagonista dele é Abigail Chantry, apelidada de Abby. Inicialmente ela trabalha como governanta em Londres, mas tudo tem uma reviravolta quando ela é procurada por uma jovem chamada Dasy porque sua irmã estava em perigo. A irmã de Abby, Jane, tinha sido sequestrada e enviada para um bordel. Dasy consegue escapar do lugar com Jane e outra moça, a Damaris para se encontrar com Abby e reuni-la com a irmã. Após saber tudo que aconteceu, Abby, mesmo sem condições, decide que ela e as outras moças deveriam ficar juntas e viver como irmãs já que são todas órfãs.  Ela se demite porque os empregadores não aceitam acolher as outras enquanto ela resolve a situação.

Sem dinheiro e com a irmã doente, Abby não vê outra solução que não roubar algo para poder bancar uma visita ao médico. Ao entrar em uma casa pela janela de um quarto, ela descobre uma senhora em total estado de abandono, faminta e suja, e seu coração se compadece dela. A senhora em questão é Lady Beatrice Davenham. As duas conversam um pouco e Abby sai sem levar nada porque não havia nada e tenho certeza que ela não teria coragem de roubar apesar de estar desesperada. Com a irmã fora de perigo a situação de lady Beatrice não sai de sua cabeça e ela logo resolve checar o que estava acontecendo com a senhora. Ao descobrir que os funcionários de lady Beatrice estão usando o dinheiro da senhora e deixando ela em más condições, Abby resolve agir. Com aval de lady Beatrice, Abby e suas irmãs se fazem passar por sobrinhas dela e entram na casa, despedem os funcionários e chamam o médico para a bondosa senhora. Elas adotam o sobrenome Chance, palavra que significa oportunidade ou sorte.

Max Davenham ou Lorde Davernham é sobrinho de Lady Beatrice e por causa das dividas contraídas pelo tio e para dar boas condições de vida a tia teve que viver fora do país para conseguir dinheiro e reconstruir a fortuna familiar. Ele não imaginava o que estava acontecendo com a tia a quem ele sempre escrevia e de quem recebia cartas (escritas pelos funcionários obviamente). Até o dia em que ele recebe uma carta semi destruída pela água. Era carta de uma amiga da tia dele e as poucas frases que ainda estavam legíveis o deixaram bastante preocupado fazendo com que ele voltasse para Londres. Lá sua desconfiança recaí sobre as irmãs Chance, sobrinhas que ele sabia que a tia não tinha.

Max em um primeiro momento tem todos os motivos para desconfiar delas, mas não acho que isso deveria durar tanto já que obviamente elas estavam tratando bem da tia e a mesma estava em plena razão quando falou com ele. Então, vou caracteriza-lo como um pouco teimoso. Ele é leal a tia, é um homem de palavra, honrado e capaz já que conseguiu sair do estado de falência no qual se encontrava quando recebeu o título. Chamei-o de um pouco teimoso porque de fato é, mas esse um pouco teimoso dele já estava me deixando com o coração na mão (JÁ ENTENDI QUE VOCÊ É NOIVO, NÃO REPETE MAIS). Entretanto, não posso dizer que não gostei do Max porque seria mentira e eu consigo entender os motivos dele não querer voltar atrás na palavra dele.

Abby me lembrou um pouco a Prudence (protagonista de inadequado, mas irresistível outro livro de Anne Gracie) no sentido de querer como irmã mais velha proteger as mais novas e mantê-las unidas. Ela é extremamente amorosa e sensível. Com todos os problemas que já tinha, ela não consegue dar as costas a alguém precisando. Também é uma pessoa com senso forte de gratidão e tende a colocar o bem estar dos outros antes do seu. Assim como eu amava a Prudence (acho que queremos reler o livro, não é mesmo?), amar a Abby foi natural. 

Além dos vários diálogos engraçados e que me fizeram gargalhar durante a leitura, não faltou  momentos emotivos e por isso achei um livro bem equilibrado para começo de série. Ele também fez o papel dele nos apresentando as personagens principais dos próximos livros e alimentando uma certa curiosidade em relação a eles. Outra coisa que me tocou o coração foi a participação ou menção de personagens de outra série escrita pela autora, As irmãs Merridew. Deu um quentinho no coração e vontade de reler (o que provavelmente vai acontecer logo logo).

sábado, 5 de junho de 2021

A padaria dos finais felizes - Jenny Colgan


 

Publicado pela editora Arqueiro. A escrita deliciosa de Jenny me pegou de vez. Vou ler todos os livros dela (é isso). Estou completamente encantada (Vocês já devem ter me ouvido dizer isso um milhão de vezes). Eu não sabia que esse era o primeiro de uma série chamada little beach street bakery (como se fosse novidade, isso sempre acontece comigo). Se eu soubesse teria deixado guardado e lido outros enquanto esperava ter pelo menos o segundo porque não sei esperar e talvez acabe lendo em inglês.

A narrativa tem foco majoritariamente em Polly, a protagonista e por isso, nosso acesso é só ao que está se passando com ela (vez ou outra o foco da narrativa passa rapidamente para um personagem ou outro, mas bem rápido e logo volta para Polly). Esse é o segundo livro que leio da autora e como disse na resenha do que li anteriormente, mesmo que eu não goste de narrativas com foco ou feitas só por um personagem, devo dizer que nesses livros isso funciona perfeitamente. O motivo pelo qual digo isso é porque são histórias sobre as protagonistas femininas, sobre seus sonhos e anseios, o romance é algo que acontece, mas não me parece o principal, é algo que faz parte. Então, para mim, nada mais justo do que o foco estar nelas.

Nesse livro nós acompanhamos Polly. Ela tinha um escritório de design com Chris, mas não deu certo e foi a falência junto com o relacionamento que os dois mantinham. Ela se vê no alto de seus 32 anos achando que não tem nada porque sua vida profissional e amorosa, tudo, deu errado. Como alguém falida, não pode pegar nem um empréstimo até quitar suas dividas e não tem nenhum lugar para ir (ela poderia ficar com amiga ou voltar para casa da mãe, mas não quis). Pesquisando sobre moradias para alugar que caibam em seu parco orçamento, ela encontra um apartamento um em Mount Polbearne , uma ilha de maré. E contra todos os argumentos da amiga, é lá que ela decide morar.

Polly ama fazer pães e durante a leitura inteira minha barriga gritou por pães (cada linha, uma gostosura diferente). Ela se desespera, ela chora, mas ela também recomeça e esse é um livro sobre recomeços, sobre nunca ser tarde para tentar algo que você ama, sobre cair e se levantar. A gente as vezes está tão centrado nas coisas erradas que nos esquecemos de nós mesmos. Além de descobrir o que ela gostaria de fazer, tem esses dois homens interessados nela. Não vou falar sobre eles para não dar nenhum tipo de spoiler, mas deixo aqui minha indignação por me fazerem gostar de alguém para mais para frente me decepcionar. Teve um ou outro comentário cretino que me incomodou muito, mas tirando essas partes de AI CARAMBA NÃO ACREDITO QUE VOCÊ DISSE ISSO, continua sendo um livro bom e emocionante nas partes relacionadas aos sonhos e recomeços.