Twas the text before christmas

Natal está chegando e os trabalhos já começaram fortes aqui. Por isso, hoje, trago mais una indicação do meu tipo de filme favorito: comédia romântica natalina. Eu acho esses filmes extremamente charmosos por ter gentileza, sensibilidade e o clima de natal (minha época favorita do ano).

Vamos lá

Addie terminou um relacionamento,  mas enquanto a fila do ex já andou, ela continua pensando muito nele e isso bem não é nada animador e para completar o natal já está batendo à porta e nem o pai vai poder passar com ela dessa vez.  Tudo muda com uma mensagem de um número estranho.  Uma senhorinha super fofa, chamada Nana, se engana e acaba enviando mensagens para Addie. Depois de constatar o erro, as duas acabam conversando e se tornando amigas (isso tudo num espaço bem curto de tempo). E bem junte senhoras casamenteiras, mocinhas solteiras e jantar familiar natalino, bem temos um filme.

Nana, ao saber que Addie passará o natal sozinha, não pensa duas vezes e a convida para desfrutar da ceia junto com sua família. Ela só deixa de fora o detalhe de que seu filho médico, James, lindo demais também estará juntos (ideias casamenteiras temos sim). Ao chegar e conhecê-lo, apesar de um climão meio estranho surgir, a interação dos dois é boa. Infelizmente para os planos de Nana, James encontra uma ex e ela também participa da ceia.

Ficaria muito nervosa de passar o Natal na casa de estranhos. Até porque nem acordada até a ceia eu fico (passo o dia inteiro comendo sim e depois durmo). Gostei bastante das interações familiares dos dois lados e da amiga da protagonista, Traci. Ela fala boas verdades na cara da Addie e fico pensando que gostaria de assistir um filme sobre a personagem (novidade eu gostar de personagens secundários).

Eu pensei que o filme ia ser desenrolar durante a ceia, mas teve passagem de tempo e isso foi muito bom para dar uma sensação de aprofundamento de relacionamentos. Não foi algo do tipo acabou de conhecer e se apaixonou (como eu detesto instalove). Eles tiveram suas histórias paralelamente acontecendo enquanto o relacionamento deles progrediam para amizade e o interesse mutuo crescia.

Cells at work - Akane Shimisu

Completo em 6 volumes. Publicado pela editora panini, o mangá vai nos conduzir pelo nosso corpo mostrando o trabalho das células para mantê-lo funcionando. Todos os dias dificuldades diferentes se apresentam, mas o esforço coletivo faz com que sejam superadas.

As células são personagens e executam suas funções "pelo bem desse corpo". Vemos os Glóbulos vermelhos carregando oxigênio e Glóbulos brancos enfrentando germes. Eu me vi muito apegada a Glóbulo vermelho que vivia se perdendo pelo corpo, mas nunca largava seu trabalho pelo meio, por mais que o cenário fosse assustador. Também me apaixonei pelo Glóbulo branco, que era muito gentil, apesar de viver coberto com os restos mortais dos germes (risos).

Ao longo dos capítulos se falam em doenças, germes que atacam "o mundo" dessas células e como reagem para enfrentar o inimigo. Um dos meus capítulos favoritos foi o 20, intitulado Helicobacter pylori, no qual introduz as Bactérias ácido-láticas. As BALs eram a coisa mais fofa e a história de amizade entre elas e a Célula foi tão bonitinha (além disso ajudou a entender um pouco mais sobre a importância dos organismos do bem em nosso organismo).

Eu sempre tive muita dificuldade para decorar nomes das coisas. Acho que enxergando como personagem teria feito minha vida escolar muito mais fácil. Sem falar que, o mangá desperta a curiosidade para pesquisar mais informações sobre o funcionamento do corpo.  De forma lúdica, entramos em contato com esse tipo de informação que nos ajuda a entender melhor nosso corpo. Apesar da história ter sido encerrada no volume 6, espero que a mangaka volte em algum momento para ela através de um spin off ou até mesmo através de novos capítulos porque ainda tem muita coisa que pode ser abordada.

Caraval - Stephanie Garber

Primeiro livro da trilogia Caraval publicada pela editora Gutenberg. Vou confessar que li depois do spin off que eu nem sabia que era spin off (caí de paraquedas sim no mundo de caraval e não vou negar). No centro da história temos duas irmãs, Scarlett e Donatella, que são tratadas de forma brutal pelo pai (não acho que podemos usar essa palavra para ele, mas seguimos, mas seguimos). A oportunidade de ir ao Caraval, jogo mágico no qual o vencedor pode realizar um desejo, se apresenta quando Scarlett recebe o convite do mestre Lenda, dono do "espetáculo". Scarlett não tem coragem de enfrentar o pai e ir (compreensível dado a tudo que sofreu nas mãos dele), o quer faz com que Donatella em concluío com um marinheiro, Julian, sequestrem a irmã e partam para o Caraval. Lá, a situação fica tensa, quando Scarlett descobre que sua irmã foi sequestrada e para encontrá-la terá que vencer o jogo.

Scarlett é leal, mas é cautelosa e está anestesiada demais para tentar colocar um basta na situação em que  que está vivendo. Acho que se o enredo não tivesse se desenrolado da forma que aconteceu, ela não conseguiria sair do destino armado para ela. A situação de trauma vivida por ela é o motivo disso.

Donatella ficou desaparecida por toda a trama, não dá para comentar profundamente sobre ela. A impressão que fica é que ela é mesquinha. Espero que, no próximo livro possa conhecê-la melhor.

Sobre o Julian é meio difícil de dizer qualquer coisa porque pode ser um spoiler e prefiro não arriscar. Ele não é um personagem que eu odiei, mas também não gostei. Talvez no próximo livro minha opinião sobre ele mude completamente, mas por enquanto é isso.

O foco narrativo é mantido na Scarlett e foi ótimo porque a trama se passa dentro de um jogo cuja missão é encontrar Donatella, o jogo está centrado nas irmãs e por isso, faz muito mais sentido ver sobre a perspectiva da irmã que está jogando. Foi uma leitura boa, mas que só ganhou fluidez quando o jogo começou. Antes foi um pouco tenso, uma sensação de soco no estômago por causa da brutalidade como elas eram tratadas. 

Vocês já leram Caraval?

Calendar - Lígia Zanella

Edição especial feita em volume único publicada pela editora JBC. Suzy é a única pessoa da família que trabalha, por isso seu salário é crucial para manter a casa. Quando ela perde o emprego de forma injusta, sua vida muda drasticamente. Ao conhecer Victor, um rapaz que estava dormindo no parque, ela começa a refletir sobre sua situação atual. 

Suzy é uma jovem extremamente competente e que leva uma carga pesada demais sobre os ombros. Por vários momentos me deu vontade de colocar num potinho e proteger (eu queria cuidar e ter a amizade de um monte de personagens na verdade). Ela encontra várias dificuldades no caminho, mas com esperança e ajuda dos amigos, ela consegue seguir em frente. 

Victor é um fofo, ele parece saber relaxar, acho bem bacana como o personagem vai se mostrando aos poucos e conseguimos descobrir mais sobre ele.

Essa era a leitura que eu precisava.  Uma dose de fofura e incentivo porque é isso uma jornada de reflexão e amadurecimento que proporciona ao leitor incentivo para prosseguir. Eu me senti abraçada e confortada pelas palavras da autora.

Wrong carriage, right groom

Duas moças partem para o casamento no mesmo dia, mas em regiões diferentes. Dois casamentos que nenhuma das duas gostariam de fazer,  mas que aceitam pelo bem de suas famílias. Um acidente faz com que elas troquem de lugar e entrem na carruagem errada. O cortejo nupcial chega ao seu destino e quando cada noiva descobre o erro é tarde demais.  

Li Yuhu  não foi criada de forma como os nobres criam suas filhas e por isso não sabe ler,  escrever ou pintar.  Seu forte são as artes marciais por ser filha do dono do salão de artes marciais. Ela é jovem e bastante agitada. Yuhu estava destinada a casar com o general Yuan Buqu. O general tem fama de violento e suas duas esposas  anteriores morreram (ou foram mortas, já tava pensando no barba azul Socorro).

Du Bingyan é uma jovem nobre,  bem educada,  versada em literatura, é  bastante gentil e com a fala calma. Ela é destinada a casar com o terceiro mestre da família Qi, Tianlei. Ele tem fama de estar muito doente e que poderia morrer a qualquer momento.  

Du Bingyan tenta falar com as pessoas que trabalham para o general sobre o erro, mas é ignorada. Não vendo outra opção, foge e vai para o campo militar onde o general está para poder contar a verdade e voltar para sua casa. Ela se veste como homem e usa o nome de Du Bin. Enquanto isso, Li Yuhu é convencida pela casamenteira e criada pessoal de Du Bingyan a ficar na mansão Qi fingindo ser a esposa da casa para ajudar Bingyan. Por sua personalidade heroica ela decide ficar e ajudar Bingyan se passando por ela. 

Não é só por altruísmo que Yuhu decide ficar, Bingyan e ela estabelecem um laço profundo de amizade gerado por entenderem muito bem a situação uma da outra. Então, apesar de terem se visto e conversado apenas uma vez, isso foi o bastante para se sentirem próximas.  Eu achei muito legal que mesmo tendo ficado amigas super rápido, uma não soltou a mão da outra e quando houve necessidade se fizeram presentes. Fiquei um pouco nervosa quando tudo começou a ir bem demais tão cedo. Tipo cap 9 e todo mundo bem.  Já tava pressentindo o caos, a dor e o sofrimento vindo (mas deu tudo certo, não teve um dramalhão que eu tava esperando não). Outro ponto que me fez muito feliz nessa série foi a ausência de rivalidade feminina. Nossa, que maravilha (já pode aplaudir).

Vale também mencionar o maior casamenteiro da série, né? Liu Ruoqian merece o título e o mundo. Sério, ele fez tudo.

A série tem vários momentos divertidos e fofos. Afinal de contas, nossas protagonistas erraram a carruagem, mas acertaram de noivos. Já assistiram?