Liza é uma personagem que gostei logo de cara. É inteligente, divertida e é fã da Jane Austen (já ganhou mil pontos comigo e é isso). Tem duas amigas com quem pode contar, a Sarah e a Grace, mas é mais próxima da Grace que é como uma irmã. Ela gostaria que os pais dela a compreendessem mais e que a mãe não apresentasse solteiros aleatórios para ela. Ou seja, tem que lidar com as pressões dentro de casa e o medo de não conseguir realizar seu sonho. Gosto como ela vai se desenvolvendo ao longo da história.
Grace, melhor amiga, quase irmã da Liza. Como toda Elizabeth Bennet precisa de sua Jane, eis ela aqui. Eu já estava preparada para tomar as dores dela quando Bingley, quer dizer Ben, entrasse em jogo. Porque para mim é sempre óbvio que apesar de tentarem passar o pano e botar a culpa no Darcy, quem largou a Jane foi o Bingley, quem deveria acreditar e conhecê-la era ele e não o Darcy. Então quando a situação se apresenta aqui e em uma versão moderna, tive a mesma perspectiva, embora nessa versão eu tenha sim ficado AHHHHHHHHHHH (sem spoilers lol).
James, nosso Darcy. Eu fui de amor ao James para esse insolente vai ter que pagar por toda dor que causou a minha pobre Grace e depois vem cá eu te amo, mas ainda estou um pouco chateada. Tive uma péssima primeira impressão dele, mas ele foi me ganhando aos poucos. As atitudes que ele toma em certo momento são bem questionáveis e me deixaram igual um pinscher (estamos resolvidos agora, mas só eu sei quanto tremi).
Como ainda estamos na parte onde comento alguns personagens, vou fazer minha menção honrosa para um dos candidatos do concurso de confeiteiro. Se tem um personagem que ganhou meu coração sem muito esforço foi o Sammy. Ele não tinha falas direito e nem muito destaque, mas ah toma aqui meu coração. Ele merecia um livro dele. Vai sammy. Não sei nem como explicar porque gostei tanto dele, só sei que chegou e desde o momento em que apareceu foi amor a primeira palavra.
Esse livro foi como assistir uma comédia romântica no fim de uma tarde. Bem gostosinho de ler. Além de tudo teve referências a livros, autores, séries e atores que gosto. A autora bebe da fonte de Jane Austen. A gente vê os ingredientes: mãe casamenteira que quer impor seus próprios critérios à filha, amigo influenciável do protagonista masculino, etc. Sendo assim, a gente tem um certo vislumbre do que está prestes a acontecer. Entretanto, não é só isso, a autora traz questionamentos sobre pressões para escolhas profissionais e relacionamentos. É uma leitura bastante agradável e eu super indico para quem assim como eu gosta (demais) de orgulho e preconceito ou para quem está buscando algo leve para ler. O único contra, para mim, foi ter sido escrito em primeira pessoa. Acho que pela história teria sido muito melhor estar em terceira.