O cristal do tempo
Sophie e Tedros são personagens que cresceram em mim durante a leitura. Todo mundo que leu minhas resenhas anteriores ou me acompanha no instagram sabe que tinha desistido do Tedros e dado a ele a faixa de pior príncipe de todos. Não sei se ele vai conseguir manter o sentimento no próximo livro (eu espero que sim pelo bem da minha personagem favorita, a Agatha), mas fiquei bastante feliz com o desenvolvimento dele nesse livro.
Já a Sophie foi essencial e mostrou exatamente porque veio. Não quero dar muitos detalhes para não dar algum spoiler significativo, mas ela arrasou demais. Acho que o enredo mostrou mais dela, além da capa que ela usa para se proteger, exigiu mais dela e fez ela se dar conta de algumas coisas. Foi muito bom ver o crescimento dela sem perder certas características que fazem parte dela desde o começo da série até agora.
O poder da manipulação, das mentiras se fazem tão fortes e senti uma crítica na facilidade das pessoas em acreditarem em qualquer coisa, em construírem heróis aleatórios com aparência do bem e sem de fato ser do bem. Como disse antes, para mim estava bem na cara que o Rhian não era uma figura do bem e de que só poderia ser um impostor, mas a maioria dos líderes não só acreditaram nele como estavam dispostos a sacrificar aqueles que outrora lutaram pelo equilíbrio e proteção da floresta encantada por causa desse novo líder.
O Rhian pode até ter boas intenções, mas de boas intenções o inferno está cheio e não acredito em quem sacrifica os outros para alcançar seu ideal. Os meios não podem justificar o fim.
O autor não tem pena de matar os personagens e meu coração ficou partido várias vezes entre o livro anterior e esse. Esse livro entregou muito (além de ter um plot twist que nossaaaa, eu não tava esperando não) e ficou lado a lado com meu favorito, o terceiro. Não consigo escolher entre os dois e não vou. Expectativas para o último fortemente criadas.