Publicado pela editora
Faro. Foi um livro que peguei como indicação da Cida do blog
Moonlight Books. Quando li a resenha dela sabia que era o tipo de história que iria gostar e por isso estou aqui (
hahaha). Foi minha primeira experiência de leitura com livros da editora e dessas autoras. E desde já posso dizer que gostei bastante da diagramação e tradução.
Imagina casamento da sua irmã gêmea, todo mundo passa mal com intoxicação alimentar por causa da comida do buffet, menos você e o irmão do noivo. Além disso vocês acabam indo na viagem de lua de mel porque não tem como adiar, mas você odeia o cara. É isso que acontece com Olive. Ela acaba indo na viagem de lua de mel com Ethan sem suportá-lo (é isso mesmo, Olive?).
A Olive me chamou logo a atenção por ser azarada por motivos de sim eu mesma rainha do azar (isso mesmo que você leu, inclusive vide o nome do blog que faz referência a como sou azarada). Rolou uma identificação aqui (risos). Ela e a irmã dela, Ami são opostos. Enquanto uma é brilhante e parece ser cheia de autoconfiança, a outra se mergulha em sua maré de azar.
Olive não me convenceu muito no ódio dela contra o Ethan. Na verdade, achei ele meio desagradável na descrição dela e em momentos pontuais, mas se fosse eu (se fosse eu né), seguiria com a vida ignorando ele como se não houvesse amanhã. Entretanto ela não consegue (ignorar? para que ignorar?), ela só pensa nele e o fato dele não estar aparentemente interessado nela parece para mim ser a força motriz que alimenta a antipatia dela em relação a ele. Vários pensamentos dela juntos me levam a crer isso (e ninguém tira isso da minha cabeça). Além do mais, também me faz levantar o ponto de que o livro não tem de verdade um inimigos para amantes. Olive está sendo inimiga sozinha. Ethan está completamente alheio a essa parada de inimigos, ele parece ser só implicante mesmo.
Agora clichê que temos aqui é o do relacionamento falso porque para desfrutar da viagem de lua de mel gratuita, eles têm que fingir ser um casal. E eu simplesmente amo esse clichê. Sempre me divirto muito com as situações que ele me proporciona. Além das situações engraçadas, tem sempre uns momentos olha que fofo.
É claro que nada pode ser tão agradável que não possa ser estragado e o momento chega. Chega aos poucos quando percebemos sinais de coisas estranhas, de algo que está bem errado. Mesmo que não seja diretamente relacionado ao casal principal, obviamente o alcança (vamos jogar bosta no ventilador). Ethan faz uma escolha bem lógica, mas ao mesmo tempo muito decepcionante e sinceramente não sei se saberia lidar tão bem com a escolha que ele fez se estivesse no lugar de Olive porque olha eu até entendo o lado dele, mas a Olive não deveria ter passado pelo que passou e nem ouvir o que ouviu do jeito que ouviu. Não deveria mesmo.
O livro é narrado em primeira pessoa pela Olive. Gosto? Não. Detesto? Também não (se decide!!). Acho que em terceira pessoa seria melhor? Acho. Vou deixar claro então que é uma preferência pessoal e que não acho que atrapalhe a trama porque não me sinto especialmente curiosa em relação aos sentimentos do Ethan e não faz tanta diferença no decorrer da história. Só em um momento, na verdade, que acho que seria interessante ter colocado e seria exatamente quando Ethan tem que arcar com a consequência da escolha que ele fez. Esse momento era o ideal para ter a narrativa dele e ajudaria a perdoá-lo (o que não me senti inclinada a fazer). Porém, preferiram colocar a narrativa dele no epilogo e em um capítulo bônus (o que para mim, sinceramente, não fez diferença). Infelizmente, o capítulo bônus que pode ser lido gratuitamente no site das autoras, não foi traduzido.
Para mim, o único problema da trama foi não ter trabalhado tão bem uma conversa entre Ethan e Olive após a escolha dele. Acho que a reconciliação parece muito rápida por causa disso. Em vez de uma cena que explora um lado cômico, deveriam ter feito algo mais sério. Algo em que pudéssemos sentir mais sinceridade do Ethan em relação a Olive e em como ela se sentiu.