domingo, 25 de setembro de 2022

Fate: a saga winx - 2ª temporada

O clube das winx era um desenho que eu simplesmente amava e quando descobri que ia ter versão live action fiquei bastante animada. Gostei da primeira temporada apesar de parecer um pouco sombria e sim eu queria muito brilho, asas coloridas e música, mas não me deram isso (você está bem, Emi?). Para meu deleite e felicidade a segunda temporada foi muito boa e muito melhor do que a anterior. Se na primeira houve um certo distanciamento do desenho, a segunda deixou vários ganchos para alguns enredos presentes na animação (criando várias expectativas mode on).

O post vai conter spoilers e teorias. A leitura do mesmo é por sua conta e risco. Se você não assistiu e não gosta de spoilers, esse é o momento para parar de ler.

Não lembro do desenho bem (inclusive comecei a rever) e vou evitar comparações por causa disso. Vou me restringir ao que tenho mais lembranças. 

Sob a direção de Rosalind, a escola tem um ar mais pesado. Quando fadas começam a desaparecer, as amigas Bloom, Stella, Musa, Aisha e Terra trabalham juntas para descobrir o que está acontecendo. Relacionamentos iniciam e outros se desfazem nessa nova temporada. Também vamos descobrir mais sobre Beatrix.

Eu gostei muito da Terra. Acho que foi muito melhor aproveitada a história dela durante essa temporada. Ela para mim é a personagem que une e traz força ao grupo de amigas (pelo menos foi a impressão que tive). E trouxe também visibilidade lésbica para série. A cena dela contando para as amigas é simplesmente linda (o roteirista está de parabéns). A forma como desenvolveram o relacionamento dela com a Flora que é sua prima também foi bem interessante.

E sim Flora fez check in e finalmente chegou. Minha fada favorita do clube das winx porque sim, sempre gostei de flores (o poder dela era minha cara). No início, fiquei meio ai não gosto muito dela, mas em algum ponto ela me conquistou e o sentimento só cresceu (vai, Flora). Gostaria que tivessem mais episódios para que a personagem fosse mais desenvolvida. E sim, eu quase gritei com a possível aproximação com o Riven. Eu tava aqui só tipo NÃO PELO AMOR NÃO FAZ ISSO.

Beatrix também não ficou atrás e esbanjou carisma. Inclusive tinham que dar um prêmio para ela porque reinou nessa temporada. Desde que a vi pela primeira vez pensei na Stormy, uma das três  bruxas que compunham as trix e nada foi mais satisfatório do que ela mesma dizer que tinha duas irmãs porque na hora eu só pensei a era das trix vai chegar SIIIIIM e é isso. Só que diferente da animação, conhecer a personagem em outro contexto fez toda diferença para mim. Eu pude simpatizar mais com ela e entender suas ações. 

O retorno dela como possível vilã e pertencente as Trix ficou na minha cabeça não só pela fala, mas pela aparição de uma figura sinistra que parecia ser o Lord Darkar, mestre das trevas, que estava perto do túmulo da Beatrix. Posso estar enganada? Posso. Pode ser a Rosalind que se transformou em um espírito maligno ou até mesmo o Sebastian, vai saber. Quero tudo e mais um pouco.

Além disso, finalmente tivemos indícios de Musa e Riven, que era meu casal favorito da animação. As cenas deles me deram certa esperança de que o relacionamento deles vai começar a evoluir na próxima temporada (tomara que tenha uma próxima temporada né?). Teve também Aisha e Grey. Grey é um personagem que aparece nessa temporada, mas que roubou meu coração e me fez shippar demais o casal. Quero muito ver os dois juntos de novo e enfrentando adversidades frutos dele ser um bruxo de sangue e ela uma fada para permanecer como casal. Eu nunca vou perdoar por me fazer gostar deles e esse negócio não ir para frente. Tem que acontecer. Não quero nem saber e espero que fiquem juntos.  Inclusive deveriam ter tido mais cenas. A plot deles era melhor do que a da Bloom e Sky, mas faltou tempo de cena para eles. Também faltou desenvolver mais a história da Aisha.

E por falar em Bloom, não sei, mas acho a personagem bastante emocional para o meu gosto. Nas duas temporadas, as escolhas dela resultaram na morte de alguém. Ela não muda. Bolei sim com a morte da Beatrix que salvou o mundo. Acho triste ainda a amizade de Stella e Bloom não ser como no desenho, em como elas eram próximas. Essa lembrança da proximidade delas, me deixa bem meh  com o relacionamento Bloom e Sky porque é algo que não imaginaria acontecendo entre elas, uma situação que magoasse uma delas assim. Espero que as coisas parem de girar um pouco em torno da Bloom e cada fada ganhe o desenvolvimento de enredo que merece (e todas merecem muito).

Outras perguntas se fazem presentes: Cadê o Brandon? Cadê a Tecna? Sem chances deles aparecerem? A Stella vai mesmo ficar sofrendo pelo Sky?

Espero de coração que tenhamos uma terceira temporada porque a segunda deixou minhas expectativas bem altas. E você já assistiu a animação e a série? Conta para mim o que achou!

domingo, 18 de setembro de 2022

O gato que amava livros - Sosuke Natsukawa

Publicado pela editora planeta. Sinceramente, escrever a resenha desse livro se mostrou uma tarefa muito difícil. Acho difícil escolher palavras para descrever e reunir meus pensamentos, todos os  que tive durante a leitura. Ela foi muito reflexiva. Achei que seria só uma aventura de um garoto que estava passando por momento difícil, de luto e que cai em um mundo de fantasia, mas não foi só isso. Foi além e talvez não estivesse tão preparada. Foi uma surpresa bastante agradável.

Rintaro Natsuki e o avô cuidam da livraria Natsuki, um sebo onde se pode encontrar todos os livros clássicos. Após a morte do avô, o garoto se vê sozinho e perdido. Até que um dia um gato falante chamado Tigre entra em sua vida. O gato pede ajuda de Rintaro para salvar livros que estão aprisionados. Eles entram juntos em labirintos para cumprir suas missões e resgatar livros.

Rintaro é um garoto calado que vive enfiado em livros e em casa. Tigre é meio sarcástico e aparece do nada sempre que uma missão se apresenta. É um gato bastante audacioso.

É um livro sobre leitura, sobre amor aos livros. Ele tece críticas ao longo da jornada, como por exemplo, ler por ler, para passar outras pessoas e não por ser algo prazeroso, mas só para fazer volume. Porém não é só sobre isso, é sobre descobrir que não está sozinho, que a gente precisa olhar também para o mundo lá fora, sobre ter empatia e não desistir. Nós podemos estar todos no lugar do Rintaro e nos pegarmos em um momento perdidos precisando de pessoas, de textos que nos confortem e lembrem coisas importantes ou de Tigres que venham pedir nossa ajuda para resgatar livros.

Algo que me surpreendeu, foi como de repente o foco narrativo saiu do Rintaro e foi para outro personagem. Não esperava mesmo que fosse acontecer. Achei que ia seguir o Rintaro do começo ao fim e pluft. Foi bem breve, mas me pegou de surpresa. Eu tive vontade de passar marca-texto no livro quase todo. Acho que as reflexões trazidas foram bem válidas e podem nos impulsionar dentro de uma discussão saudável sobre literatura e leitura (mesmo que você não concorde com todos os pontos levantados pelo autor, são pontos que colaboram para refletir sobre o assunto). 

Foi uma leitura que me fez pensar em muitas coisas e que por isso entrou nos favoritos desse ano.

domingo, 11 de setembro de 2022

Imperfeitos - Christina Lauren

Publicado pela editora Faro. Foi um livro que peguei como indicação da Cida do blog Moonlight Books. Quando li a resenha dela sabia que era o tipo de história que iria gostar e por isso estou aqui (hahaha). Foi minha primeira experiência de leitura com livros da editora e dessas autoras. E desde já posso dizer que gostei bastante da diagramação e tradução.

Imagina casamento da sua irmã gêmea,  todo mundo passa mal com intoxicação alimentar por causa da comida do buffet, menos você e o irmão do noivo.  Além disso vocês acabam indo na viagem de lua de mel porque não tem como adiar, mas você odeia o cara. É isso que acontece com Olive. Ela acaba indo na viagem de lua de mel com Ethan sem suportá-lo (é isso mesmo, Olive?).

A Olive me chamou logo a atenção por ser azarada por motivos de sim eu mesma rainha do azar (isso mesmo que você leu, inclusive vide o nome do blog que faz referência a como sou azarada). Rolou uma identificação aqui (risos). Ela e a irmã dela, Ami são opostos. Enquanto uma é brilhante e parece ser cheia de autoconfiança, a outra se mergulha em sua maré de azar.

Olive não me convenceu muito no ódio dela contra o Ethan. Na verdade,  achei ele meio desagradável na descrição dela e em momentos pontuais, mas se fosse eu (se fosse eu né), seguiria com a vida ignorando ele como se não houvesse amanhã.  Entretanto ela não consegue (ignorar? para que ignorar?), ela só pensa nele e o fato dele não estar aparentemente interessado nela parece para mim ser a força motriz que alimenta a antipatia dela em relação a ele. Vários pensamentos dela juntos me levam a crer isso (e ninguém tira isso da minha cabeça). Além do mais, também me faz levantar o ponto de que o livro não tem de verdade um inimigos para amantes. Olive está sendo inimiga sozinha. Ethan está completamente alheio a essa parada de inimigos, ele parece ser só implicante mesmo.

Agora clichê que temos aqui é o do relacionamento falso porque para desfrutar da viagem de lua de mel gratuita, eles têm que fingir ser um casal. E eu simplesmente amo esse clichê. Sempre me divirto muito com as situações que ele me proporciona. Além das situações engraçadas, tem sempre  uns momentos olha que fofo.

É claro que nada pode ser tão agradável que não possa ser estragado e o momento chega. Chega aos poucos quando percebemos sinais de coisas estranhas, de algo que está bem errado. Mesmo que não seja diretamente relacionado ao casal principal, obviamente o alcança (vamos jogar bosta no ventilador). Ethan faz uma escolha bem lógica, mas ao mesmo tempo muito decepcionante e sinceramente não sei se saberia lidar tão bem com a escolha que ele fez se estivesse no lugar de Olive porque olha eu até entendo o lado dele, mas a Olive não deveria ter passado pelo que passou e nem ouvir o que ouviu do jeito que ouviu. Não deveria mesmo.

O livro é narrado em primeira pessoa pela Olive. Gosto? Não. Detesto? Também não (se decide!!). Acho que em terceira pessoa seria melhor? Acho. Vou deixar claro então que é uma preferência pessoal e que não acho que atrapalhe a trama porque não me sinto especialmente curiosa em relação aos sentimentos do Ethan e não faz tanta diferença no decorrer da história. Só em um momento, na verdade, que acho que seria interessante ter colocado e seria exatamente quando Ethan tem que arcar com a consequência da escolha que ele fez. Esse momento era o ideal para ter a narrativa dele e ajudaria a perdoá-lo (o que não me senti inclinada a fazer). Porém, preferiram colocar a narrativa dele no epilogo e em um capítulo bônus (o que para mim, sinceramente, não fez diferença). Infelizmente, o capítulo bônus que pode ser lido gratuitamente no site das autoras, não foi traduzido. 

Para mim, o único problema da trama foi não ter trabalhado tão bem uma conversa entre Ethan e Olive após a escolha dele. Acho que a reconciliação parece muito rápida por causa disso. Em vez de uma cena que explora um lado cômico, deveriam ter feito algo mais sério. Algo em que pudéssemos sentir mais sinceridade do Ethan em relação a Olive e em como ela se sentiu.

domingo, 4 de setembro de 2022

Naruto - A história secreta da Akatsuki: O desabrochar das flores malignas - Masashi Kishimoto e Shin Towada

Sexto e último volume da série de Naruto hiden publicada pela editora Panini. Sasuke Uchiha em sua jornada de redenção encontra dois garotos cuja família foi morta pela Akatsuki e  o faz refletir sobre o irmão e os demais membros dessa organização. Nessa light novel, podemos ver membros da Akatsuki realizando missões ninja.

Primeiro o que seria Akatsuki? Em Naruto, é uma organização mercenária disposta a qualquer coisa por poder. Ela tinha nascido com objetivo de alcançar a paz,  mas foi deturpada trazendo mal e desolação por onde passa. Os membros da Akatsuki trabalham em pares.

É muito interessante como as histórias se entrelaçam e vão se construindo mesmo com capítulos dedicados a duplas diferentes. No prólogo, Sasuke encontra personagens que lembram a ele de seu irmão e trazem o nome Akatsuki quando contam que sua família foi morta por ela. O primeiro capítulo é sobre Itachi e Kisame. De longe, ele é meu favorito e traz um tom melancólico. O Itachi, apesar de tudo, conseguiu partir meu coração. O segundo é sobre Hidan e Kakuzu. Eu odeio esses personagens demais por causa do assassinato do Asuma, é uma das cenas que me deixou mais triste  em Naruto (nunca vou perdoaaaaaaaaar). Os dois são de uma crueldade que olha, não sei nem como explicar. O terceiro capítulo é sobre Deidara e Sasori e o quarto é sobre Konan e Nagato, achei bem triste. 

Não existe desculpa ou justificativa para as coisas horríveis que a Akatsuki fez. A light novel não tenta apagar essas coisas, inclusive mostra situações igualmente horríveis. Gostei muito de ver histórias contadas das perspectivas deles e ter o lembrete de que são seres humanos e não monstros que podem ser tão cruéis.

Além disso, existe algo muito satisfatório em ouvir o Sasuke ser chamado de Naruto. DESCULPA, mas eu ri muito disso e sempre que puder, vou ler essa cena.