Primeiro livro da trilogia Puffin island series. A série infelizmente não foi lançada no Brasil, mas quem sabe seja já que as personagens dela aparecem num dos livros de Para Nova York, com amor. Lembram quando eu disse que terminei Pôr do sol no Central Park com uma lista de outros livros para ler? Então, esse livro vai contar a história de Emily e Ryan Cooper. Lembram do casamento ao qual o Matt e a Frankie foram? Sim, esse é aquele Ryan, amigo do Matt.
A irmã famosa de Emily faleceu deixando-a numa situação bem complicada. Além de ter que cuidar de uma sobrinha e estar muito muito nervosa por não se achar capaz disso, tem que fugir dos jornais que querem saber tudo a respeito da falecida sem respeitar a privacidade e os sentimentos da filha. Por isso, as amigas dela Brittany e Sky acham que o melhor lugar para se esconder é a ilha Puffin já que é um lugar mais isolado, tranquilo. Brittany tem um chalé lá (a autora usa a palavra cottage) e é nele que Emily vai se refugiar.
Emily lembra um pouco a Frankie na questão de achar o amor um problema e não querer se envolver. Ela tem algum trauma e que a gente só descobre conforme a personagem começa a se abrir. Nesse quesito de não querer amar temos os dois protagonistas bem determinados a não se apaixonar, já que o Ryan também é desses. Entretanto desde o começo sabemos porque o Ryan se sente dessa forma, enquanto com ela a gente vai percebendo conforme a história prossegue e ela resolve contar os motivos dela.
Mas e aí me diz como eles se encontram?
Britanny, amiga da Emily, está preocupada, mas ela está na Grécia no momento e por isso ela pede ao amigo para cuidar da Emily e ajudar caso seja necessário. E o amigo não é outro que não Ryan Cooper. Ryan é um tipo bem intrometido. Tudo ele quer saber o motivo, quando, onde etc. Teve um momento que estava até me dando nos nervos essa atitude dele (sai daí seu fofoqueiro q). A dinâmica do relacionamento deles é bem fofa.
A construção da ilha, das pessoas em torno dos personagens principais é algo que me agrada muito nos livros da Sarah. Ela faz ótimos planos de fundo e não faz o livro ficar o tempo todo centrado na interação entre os protagonistas. Como eu sempre digo, é difícil imaginar alguém que só fale com o seu objeto de afeto e não interaja com mais ninguém durante o tempo todo. O foco narrativo alterna entre os dois protagonistas. A amizade entre Emily, Sky e Britanny é muito bem trabalhada, assim como o entorno do Ryan também. A gente inclusive tem grandes pistas dos próximos livros da série e seus protagonistas. Eu terminei com um sorrisinho no rosto, mas acho que gostaria de ter lido essa série antes de Para Nova York, com amor porque queria ter ido com essa perspectiva da vida na ilha Puffin para ser confrontada com as lembranças de Frankie sobre o lugar durante o livro dela (agora já foi né).