quinta-feira, 28 de outubro de 2021

First time in forever - Sarah Morgan


 

Primeiro livro da trilogia Puffin island series. A série infelizmente não foi lançada no Brasil, mas quem sabe seja já que as personagens dela aparecem num dos livros de Para Nova York, com amor. Lembram quando eu disse que terminei Pôr do sol no Central Park com uma lista de outros livros para ler? Então, esse livro vai contar a história de Emily e Ryan Cooper. Lembram do casamento ao qual o Matt e a Frankie foram? Sim, esse é aquele Ryan, amigo do Matt.

A irmã famosa de Emily faleceu deixando-a numa situação bem complicada. Além de ter que cuidar de uma sobrinha e estar muito muito nervosa por não se achar capaz disso, tem que fugir dos jornais que querem saber tudo a respeito da falecida sem respeitar a privacidade e os sentimentos da filha. Por isso, as amigas dela Brittany e Sky acham que o melhor lugar para se esconder é a ilha Puffin já que é um lugar mais isolado, tranquilo. Brittany tem um chalé lá (a autora usa a palavra cottage) e é nele que Emily vai se refugiar. 

Emily lembra um pouco a Frankie na questão de achar o amor um problema e não querer se envolver. Ela tem algum trauma e que a gente só descobre conforme a personagem começa a se abrir. Nesse quesito de não querer amar temos os dois protagonistas bem determinados a não se apaixonar, já que o Ryan também é desses. Entretanto desde o começo sabemos porque o Ryan se sente dessa forma, enquanto com ela a gente vai percebendo conforme a história prossegue e ela resolve contar os motivos dela.

Mas e aí me diz como eles se encontram?

Britanny, amiga da Emily, está preocupada, mas ela está na Grécia no momento e por isso ela pede ao amigo para cuidar da Emily e ajudar caso seja necessário. E o amigo não é outro que não Ryan Cooper. Ryan é um tipo bem intrometido. Tudo ele quer saber o motivo, quando, onde etc. Teve um momento que estava até me dando nos nervos essa atitude dele (sai daí seu fofoqueiro q).  A dinâmica do relacionamento deles é bem fofa.

A construção da ilha, das pessoas em torno dos personagens principais é algo que me agrada muito nos livros da Sarah. Ela faz ótimos planos de fundo e não faz o livro ficar o tempo todo centrado na interação entre os protagonistas. Como eu sempre digo, é difícil imaginar alguém que só fale com o seu objeto de afeto e não interaja com mais ninguém durante o tempo todo. O foco narrativo alterna entre os dois protagonistas. A amizade entre Emily, Sky e Britanny é muito bem trabalhada, assim como o entorno do Ryan também. A gente inclusive tem grandes pistas dos próximos livros da série e seus protagonistas. Eu terminei com um sorrisinho no rosto, mas acho que gostaria de ter lido essa série antes de Para Nova York, com amor porque queria ter ido com essa perspectiva da vida na ilha Puffin para ser confrontada com as lembranças de Frankie sobre o lugar durante o livro dela (agora já foi né).

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

A noiva fantasma - Yangsze Choo


 

Livro publicado pela Darkside e era um que eu queria muito ler desde  que assisti a série que leva o mesmo nome na netflix, mas como eu não estava na vibe de ler livros fantasia na época (na verdade eu não estava na vibe de ler livro algum na época), foi uma leitura que deixei de lado. Não conhecia a escrita da autora e adorei como ela nos conduz para o lugar e época em que a história é inserida. Há uma riqueza de detalhes por parte dela e isso nos ajuda a formar imagens do que está sendo descrito. Foi um livro muito bom de ler e que para degustar cada página li bem devagar (mais do que o de costume).

Em 1893 no Malaia, é oferecido a jovem Li Lan uma proposta de casamento. Entretanto, não é uma proposta comum, o noivo está morto e seu fantasma começa azucrinar a jovem para que ela o aceite. Só que apesar de sua condição financeira precária, a jovem luta contra o destino de se tornar uma noiva fantasma e nos abre uma porta para esse mundo. Através dos olhos de Li Lan conheceremos o caminho percorrido por fantasmas descrito no livro.

Li Lan é uma jovem inteligente, determinada e por vezes acredito que lhe falte uma pitada de bom senso. A curiosidade dela é sem tamanho. A acho uma ótima protagonista feminina e inclusive em vez de estar focado em romance, o livro trabalha em torno da aventura, jornada da mocinha. Considero até um pouco difícil chamar algum dos personagens masculinos de protagonista porque o foco esteve sempre nela e em seus sentimentos.

O livro é bem escrito. É narrado em primeira pessoa, mas apesar disso (como sabem eu não curto muito) acho que casou perfeitamente com a proposta feita pela autora. Nós afinal de contas descobrimos um mundo sobrenatural junto e através dos olhos da mocinha. Sofremos os mesmos impactos que ela ao ver fantasmas ou demônios. A leitura sem dúvida entrou para as minhas favoritas do ano e foi uma experiência diferente já que tinha assistido a série antes. Ao mesmo tempo que foi uma leitura muito boa, também foi uma que me deixou com a sensação de falta. Eu precisava de um livro que me contasse os acontecimentos que decorreram após esse. Tem muita gente que gosta desse tipo de final, não odeio, mas não me sinto muito feliz quando deixam algo para imaginar.

O comentário abaixo tem spoiler e só os leia se você já leu o livro ou não se importa com spoiler.

Sinto pena do Tian Bai, acho que ele merecia mais, acho que a Li Lan deveria sim ter encontrado e oferecido uma explicação a ele. Ela foi egoísta nesse ponto. Já que terminou dando a entender que ela não faria isso. Como não consigo parar de pensar nele, não deixo de desejar que ele ao menos ganhasse um livro ou pelo menos um conto. Algo sobre ele e que me dissesse que ele encontrou um final feliz.


quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Encontro de almas - Sarah Morgan


 

Primeiro livro da trilogia Irmãos Westerling publicada pela editora Harlequin. Cada livro da série é sobre um dos trigêmeos que trabalham no mesmo ramo: saúde. Eles pertencem a uma família problemática com um pai dominador, abusivo, calculista e eu poderia continuar com a lista de defeitos mais paro por aqui porque não vai caber. O primeiro livro é sobre Katherine Westerling. Aos 18 anos, ela era apaixonada por Jago Rodriguez, mas ele foi embora por causa de um mal entendido deixando-a com o coração partido (sim, o clichê).

O pai de Katy é terrível, ele acha que tudo tem que sair do jeito que ele quer e passa por cima dos sentimentos de todo mundo para conseguir isso. Ele não poupa os próprios filhos que desenvolveram traumas por causa de toda a situação ruim dentro de casa. Katy se perdeu tentando agradar todo mundo. A única coisa que ela não abriu mão foi de se tornar médica, mas todo resto, inclusive o noivo nada tem muito a ver com ela. O fato é que o caso mal resolvido entre ela e Jago a assombra até hoje (miga, ajuda faz bem).

Jago não é o tipo de mocinho que mais me agrada por motivos de: ele age de forma precipitada (conversar teria feito bem né, querido?). Ele é o típico galã de novela que por qualquer mexida do vilão se afasta da mocinha sem mais nem menos e sem dar o benefício da dúvida.  Então eu meio que gostei do confronto entre eles, da Katy ter tido coragem de falar o que estava sentindo (vamos lembrar que ela acostumou a viver sem se impor, sem dar voz aos próprios sentimentos). Voltemos ao Jago, ele costumava trabalhar como consultor em um banco, junto com o pai dela (aff), depois da treta toda com a mocinha, trocou de carreira e foi estudar medicina. Ele é orgulhoso e por isso que a história dos dois desandou (revirei muito os olhos em diversas situações). Ele é um personagem estereotipado.

Como de costume, Sarah Morgan faz muito bem em inserir um contexto e já que muitas cenas se passam no hospital, em um setor de emergência, veremos sim os personagens trabalhando e conversando com seus colegas de serviço. Acho isso bem importante porque me frustra um pouco (muito) quando não tem (parece ralo). A única coisa que me incomodou foi o mocinho, não dá para ele achar que depois de tudo é só chegar, dizer o que tem vontade e fim, vai conseguir o que quer (a forma como ele chega nela é affff). Eu achando que ia amar todos os personagens principais masculinos criados por Sarah e ai vem esse e me mostra que não. Eu gostei um pouco da postura da Katy que apesar de ainda amar (e desejar até demais) o mocinho, se preserva um pouco (ou melhor tenta) e joga na cara dele alguns fatos. Vamos ver o que os próximos dois livros reservam.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Fragmentos da paixão - Sarah Mallory


Publicado pela editora Harlequin. Eu acho que nunca tinha lido livro da Sarah Mallory antes. A leitura foi fluída e quando vi já tinha lido mais de 100 páginas em pouquíssimo tempo. A sinopse me enganou direitinho e ainda bem porque eu sinceramente ficaria muito chocada se fosse como estava descrito nela porque parecia pouco verossímil. Imaginem ficar de frente com o marido que você abandonou e não reconhecê-lo. Em cinco anos não tem como uma pessoa mudar completamente (ou tem?).

Felicity Bourne teve que abandonar a escola para ir com tio religioso, único parente vivo, para Espanha. Chegando lá ele morre e ela se vê completamente desamparada. Sozinha e em uma situação de risco, ela é resgatada pelo major Nathan Carraway. Os dois se apaixonam e se casam. Por causa de um mal entendido (sempre um mal entendido que seria muito facilmente resolvido se as pessoas se comportassem como adultas e resolvessem conversar antes de uma atitude drástica) ela foge para Inglaterra. E por consequência de uma guerra que ocorria no momento, Nathan pensa que ela estava morta.

Felicity é uma jovem romântica, leal e talvez devesse chamar de ingênua também. Para uma pessoa como ela acreditar em qualquer coisa e ficar magoada seria muito fácil e foi. Só que tenho que dar certo crédito para ela porque o casamento deles foi algo muito rápido, eles nem se conheciam direito e se já não dá para colocar a mão no fogo por um conhecido, imagine por um desconhecido. Eu acho que por ser uma personagem que tem essa característica e um background que possibilita o leitor crer que ela é assim, a fuga dela fez sentido e ainda mais quando as informações nos são dadas e vemos o motivo dela crer nesse mal entendido.

Nathan é um homem bonito e que pareceu um herói saído de um sonho para mocinha (ela mesma diz isso sos). Ele é apaixonado por Felicity. Só que o belo homem não fala o que sente com todas as palavras e suas boas intenções geram caos. Nós leitores sabemos o motivo dele ter alguma atitude, mas a Felicity não e vendo pelos olhos dela é claro que o que ele está fazendo parece suspeito (ou assustador). Ele quer porque quer fazer as coisas da forma dele, mas não é assim que a banda toca. Foi um relacionamento rápido e que falhou em construir laços fortes de confiança.

E eis que esposa que você pensava estar morta reaparece. Imagine o ex major Nathan, agora conde, reencontrando sua esposa depois de cinco anos. O caos literalmente. De um lado temos Felicity que nunca deixou de amá-lo, porém não confia e ele também não ajuda nesse quesito, do outro lado temos Nathan que também a ama, mas está com o orgulho ferido porque ela fugiu e não sabe falar sobre o que sente. Então é óbvio, dá bosta (e cria o enredo ahahahah). Foi uma leitura muito fluída e rápida. Não gostei da cena dele reencontrando Felicity, mas depois as coisas caminharam melhor. Não vou negar que passei algumas raivas, mas pretendo ler outros livros da autora.