quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Como o rei de Elfhame aprendeu a odiar histórias - Holly Black


Publicado pela Galera Record, selo do grupo editorial Record. Atenção: Se você ainda não leu a trilogia povo do ar e não gosta de spoiler, não leia essa resenha. Veja a resenha de O príncipe cruel. Neste livro narrado do ponto de vista de Cardan conhecemos um pouco mais sobre ele, sobre como ele se tornou quem encontramos no primeiro livro da trilogia o povo do ar.  As ilustrações são lindas e casam perfeitamente com o livro.

Aqui vemos como ele e Nicasia se conheceram e namoraram, também como terminou. Essas situações foram mencionadas por alto em O príncipe cruel, mas que  não vimos nem sabemos os detalhes. Confesso que além dessas, eu tinha certa expectativa de ver outras cenas principalmente de como o Cardan passou durante o exílio da Jude em A rainha do nada, mas infelizmente não tem nenhum detalhe sobre isso (nenhuma ceninha, nadinha de nada, eu mesma a iludida). Também temos um acontecimento após o fim da trilogia e eu adorei completamente tanto do desenvolvimento da história como a forma com a qual Cardan lida com o assunto. Acho que a Holly Black tem um talento para nos tornar obcecados com personagens cheios de falhas ( e põe falha neles).

Não é um livro longo, tem só 190 páginas. Com capa dura e ilustrações, é um presente para quem gostou da trilogia e gostaria de saber um pouquinho mais do Cardan. Além disso sanou uma das questões que tinha na minha cabeça sobre como ele tinha conseguido o exemplar de Alice no país das maravilhas. Adoro também como o fio de uma nova história se entrelaça com as memórias dele e resultam neste livro. Aqui, me despeço do reino das fadas esperando que em breve possa ter mais uma aventura por lá.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Clube do livro dos homens - Lyssa Kay Adams


Primeiro livro da série clube do livro dos homens publicada pela editora Arqueiro. Nele temos Gavin que está sem chão com o pedido de divórcio feito por sua esposa Thea. Seus amigos, então, decidem agir e o convidam para um clube do livro onde eles leem romances para conhecer mais de suas esposas/namoradas, restaurar seus relacionamentos e se desconstruirem.  Tenho bastante coisa para dizer sobre esse livro, vamos lá.

Gavin jogador de beisebol, famoso, rico e com o casamento quase no fim. Gostei muito dele desde o primeiro momento em que o Del deu um sacode nele (inclusive, Del casa comigoooo). Ele ama Thea, mas não a entende bem. Também pudera, um casamento relâmpago sem muita oportunidade de se conhecer antes dos votos matrimoniais somado a falta de diálogo e uma carreira que ocupa muito do seu tempo é uma mistura para o desastre. Alô marido ausente fazendo check-in.

Thea é uma personagem difícil, sinceramente eu tinha uma certa vontade de pular as partes dela com a irmã porque sentia como se não estivesse indo a lugar nenhum. Ela precisava de ajuda. Se você não se ama, não tem como amar os outros. Se você não consegue dizer o que sente, os outros também não vão adivinhar. Thea passou por uma infância difícil e é cheia de trauma, não se abre com ninguém e tem uma péssima atitude com os outros. Ela sempre está na defensiva.  Não tem amigas e eu suponho que seja por causa do problema de atitude. 

Liv, irmã de Thea, não ajudou nada.  Tudo que a Thea precisava era de bons conselhos, uma mediadora e não de alguém que colocasse mais lenha na fogueira. Mesmo que eles optassem pelo divórcio,  não ia ser com ofensas e colocar toda a culpa em uma pessoa só que resolveriam as coisas. Ela é uma personagem que achei desnecessária, birrenta e egoísta (só atrapalhou). 

Enquanto do lado dele tinham amigos que o aconselhavam em como lutar para restaurar o casamento, do lado dela ficou um buraco porque, como disse, da irmã só vinham indiretas e comentários contra o Gavin que não ajudavam em nada (inclusive bastante injustos). Faltava uma amiga para dizer a verdade, dizer que o comportamento dela não é saudável.  Existe entre Gavin e Thea uma falta de comunicação e não de amor. O erro dos dois é um esconder o que sente, fingir, mentir e outro ignorar os sinais, alertas de que tem coisa dando errado, ser ausente e não reagir bem.

Eu adorei a ideia do clube do livro, de vê-los discutindo romances e tentando restaurar os casamentos dos outros. Achei as cenas do clube muito engraçadas e deveriam ter mais foco. O Del, para mim, é sensacional. A escrita da autora é ótima e o foco narrativo alterna entre os dois protagonistas. Esse livro também me fez refletir sobre como as vezes vemos pelas lentes de nossos traumas e deixamos isso alterar o senso de realidade porque para mim foi muito fácil perceber o que estava acontecendo com a Thea, mas para a personagem não era óbvio e o pior não tinha um ser de luz do lado dela para dizer para ela que estava caminhando para o desastre. Então apesar do meu perrengue com a protagonista feminina e sua irmã, ainda assim gostei bastante do livro (e sim, tô sabendo que a Liv é protagonista do próximo livro e já estou preparando meu coração para isso).

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

A rainha do nada - Holly Black

 

Terceiro livro da trilogia O povo do ar publicada pela Galera record. Ele me deixou completamente sem estrutura. Não conseguia parar de ler. Tenho um ritmo tranquilo de leitura, mas li super rápido e super nervosa. Como os livros são conectados, meu dever é avisar que tem spoiler nessa resenha e que se você não gosta ou ainda não leu os outros livros, não leia esta postagem. Te convido inclusive a conferir a resenha do primeiro livro: O príncipe cruelJude se tornou rainha de Elfhame, mas também foi exilada no reino mortal por Cardan. Essa traição dele foi a gota que transbordou o copo. Sem muitas opções e nenhum rg, ela agora faz pequenos trabalhos para feéricos que vivem por lá. Quando a oportunidade de voltar ao Reino das fadas se apresenta, ela não a descarta.

Na minha opinião (minha, gente, minha) esse livro superou os antecessores com toda a tensão, briga, reviravoltas, o Cardan me conquistando e me dando a certeza de que não interpretei errado suas palavras na última cena do livro anterior (os 10% de bondade estão lá masoq). Tudo isso te prendendo nesse mundo cruel das fadas e te deixando com os pensamentos sinistros de que se tá tudo indo bem é porque logo vai desandar. Acho que num geral os personagens amadureceram e conquistaram seu espaço e isso foi incrível de acompanhar.

Continuo sem suportar a Taryn e todo o egoísmo dela. Acho que ela se aproveita demais da Jude. Todas as escolhas dela colocaram outras pessoas como prioridade e lançaram a própria irmã no perigo. Até acho que lá do meio para o final se tornou tolerável a história. Só que para mim o estrago já tinha sido feito no primeiro e no segundo livro. Não digo que não daria uma nova chance a ela caso ganhasse seu próprio livro e tal (também demonstrasse uma mudança nessa personalidade traidora dela q).

Eu já conhecia o reino das fadas porque antes de ler a trilogia o povo do ar, li Tithe (um milhão de anos atrás, mas li). Então a crueldade não foi algo que me surpreendeu ou me chocou. Acredito que talvez quem nunca tenha lido nada da autora nesse ambiente fique sim surpreso com esse lugar já que muitos de nós estamos acostumados com fadas madrinhas e suas varas de condão encantando abóboras para serem carruagens e criando sapatinhos de cristais ou sendo amorosas com suas protegidas. 

Apesar de durante a leitura ter desejado muito ter acesso aos pensamentos do Cardan, entendo porque só temos acesso aos da Jude. Acho que tem um fator surpresa e faz com que projetemos ilusões sobre ele. Ainda assim temos que esperar a protagonista fazer descobertas ou acompanharmos as cenas seguintes para ter certeza (ou não) de qualquer coisa que tenhamos pensado. Gostar do Cardan ou detestá-lo são possibilidades. Posso dizer que dos três esse é o que mais gostei. Inclusive, ao meu ver, ele dá uma abertura para num futuro sair algo sobre pelo menos três outros personagens: Oak, Suren e Taryn. Acho que os três tem histórias para contar e que seria legal tratar sobre isso em algum momento seja através de conto ou de livro (pensamento positivo).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

O rei perverso - Holly Black


Segundo livro da trilogia o povo do ar publicada pela Galera record. É impossível não fazer spoiler do livro anterior na resenha desse e por isso se você não gosta,  pode conferir a do primeiro caso não tenha lido. Aviso dado, vamos lá. Cardan se tornou o grande rei graças a uma manobra da Jude, mas infelizmente os complôs não acabaram por ai. Ela ainda corre muitos riscos para proteger não só o trono como também a vida de seu irmão Oak que também tem direito de ser rei e manter sua própria vida. A briga por poder é sempre feroz. 

Não acredito que a Jude não entenda o que o Cardan tá dizendo.  Para mim está tão na cara e ela não lê nas entrelinhas. Desculpa, mas eles estão em um mundo onde não dá para dizer as coisas de forma aberta,  que tem espiões e traidores o tempo todo em torno deles. É um palácio e histórias sobre palácios e reis sempre trazem crueldade e questões relacionadas a briga pelo poder. Num cenário como esse, não entregar o jogo é a parte mais importante. Ao mesmo tempo eu entendo que o timing também não ajuda.

Nesse livro, algumas coisas que foram faladas servem como pistas em relação ao Cardan e a tudo. Fiz várias hipóteses e é tão satisfatório estar certa (RISOS). O livro segue sendo narrado em primeira pessoa pela Jude, mas como disse na resenha anterior esse fato não consegue me influenciar para pensar como ela. A gente consegue entender coisas que ela está vendo ou ouvindo, mas que não conseguiu perceber. Isso para mim é algo positivo (apesar de quem quer que passe pelo meu quarto me ouvir dizer NÃO TÔ CRENDO QUE SÓ EU ENTENDI ISSO SOCORROOOOO).

Taryn conseguiu ser ainda pior nesse livro. Sinceramente,  a traição dela é algo esperado.  Só a Jude que não previa, só a Jude fazendo esse papel. Ela nem pediu perdão pela primeira pisada de bola (não seria eu que acreditaria nela). Há essa altura do campeonato, mesmo que ela faça algo no terceiro livro para se redimir, ainda assim não conseguiria sentir nada em relação a ela e continuaria desconfiada (me aguardem no terceiro). Acho que a Taryn é um grande calcanhar de Aquiles para a Jude porque não importa o que ela tenha feito, a escolha da Jude sempre vai ser amá-la e colocar uma pedra em cima disso.

Eu gosto muito do Barata e do núcleo da corte das sombras, grupo de espiões recrutados pelo falecido príncipe Dain.  Ele é tão sábio, sabe? Não deixo de desejar que tivesse mais espaço ou algo só para ele como um livro. Não consigo deixar de pensar nele como alguém tão charmoso. As interações entre Jude, Barata e Bomba me tornam tão feliz no desenrolar da história. 

Aconteceram várias coisas nesse livro relacionadas as disputas pelo poder e egos. Foi muito bom. Acho inclusive melhor do que o primeiro em termos de acontecimentos. Confesso que nesse meu coração de gelo bateu levemente pelo Cardan e olha que eu sou team mocinho bonzinho para sempre, mas suponho eu, que se estiver correta em minhas interpretações, ele tem bem bem bem beeeem no fundo uma pontinha de mocinho bonzinho, mas é obrigado a disfarçar. Acho que toda vez que peguei o livro, li as cartas dele para Jude e vou continuar fazendo isso (RISOS). É bem mais forte do que eu.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

O príncipe cruel - Holly Black


Primeiro livro da trilogia O povo do ar publicada pelo  Galera record. As irmãs Jude, Taryn e Vivi testemunham o assassinato brutal de seus pais e são levadas para o Reino das fadas onde são criadas pelo assassino deles, Madoc. Vivi é meio feérica, mas as gêmeas Jude e Taryn são humanas e essa condição faz com que elas sejam alvo de ofensas e maldades. Inclusive o príncipe Cardan é um dos que mais maltrata as duas. Elas tem contato com ele por serem criadas como nobres feéricas.

Jude, nossa protagonista, é corajosa, leal, inteligente, mas falta bom senso e é impulsiva. Vou confessar que não entendo muito bem seu apego pelo reino das fadas mesmo sabendo que é o único lar que ela conheceu. Por diversas vezes enquanto a leitura avançava me perguntei como ela caiu nessa, como ela não viu isso vindo. Senti de longe o que estava para acontecer e ela sem perceber apesar de ser através de seus olhos que via e constatava.

Cardan é cruel mesmo, ele me dá alguns calafrios. Entretanto, não é um personagem simples, tem camadas que devem ser analisadas. Por ser um personagem muito bem construído, é interessante.  Eu estou acostumada com histórias de complô em palácios, então estava com minha antena ligada sem confiar em nada ou ninguém. As coisas que ele diz, consigo ver nas entrelinhas (pelo menos eu acho que consigo né). 

Acho que um dos pontos mais tensos do livro é a relação do Madoc com a Jude e que é muito controversa. Ele é o cara que matou os pais dela e ao mesmo tempo que ela sente medo e raiva, ela o ama como um pai porque ele a criou. É uma relação de medo e amor bem agoniante. Já minha opinião por Taryn é tão baixa que não sei se vale a pena ser descrita.  Não sei se conseguiria falar algo sem dar um mega de um spoiler. Então, vou ficar quieta (se você já leu, comenta aqui e diz o que acha). Vivi é a irmã que mais gosto porque ela é lógica. Faz todo o sentido em não gostar de viver no reino das fadas e principalmente com o Madoc. As cenas dela são sempre um alívio no caos que acho que é o relacionamento da Taryn com a Jude. 

O livro é narrado em primeira pessoa pela Jude. Funciona, mas não deixo de ficar irritada porque gostaria de saber os pensamentos do Cardan. Tiveram alguns momentos que eu pensei "bem Cardan sei o que você está fazendo" mesmo vendo com os olhos da Jude (você nunca conseguiria me enganar). Eu fico me perguntando se estou certa ou não. Estou com muita vontade de ler o livro sobre ele, mas vou segurar as pontas até terminar a trilogia (ou tentar segurar as pontas) e seguir em ordem. Fazia muito tempo desde que li algum livro da Holly Black e acho que foi bem satisfatório porque autora conseguiu trazer toda a crueldade que há em tramas com complôs em palácios dentro do mundo das fadas. É um livro sobre briga por poder com toda a maldade e inveja que isso pode reunir, então se você gosta desse tipo de plot fica aqui a dica.

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Um amor de vigarista - Laura Lee Guhrke


Mais uma vez eu começo a série pelo livro errado. Dessa vez foi de propósito porque o ebook entrou em promoção e como nunca tinha lido nada da autora, resolvi que essa seria uma grande oportunidade. Ele é o terceiro livro da série querida conselheira amorosa publicada  editora Harlequin. Engraçado, fluído e um clichê.  Para mim foi um achado que me reservou boas risadas (agora eu preciso comprar os outros e me acertar na leitura hahaha). Amanda Leighton está passando por dificuldades, já que por causa de um escândalo envolvendo seu nome, não consegue emprego como professora em lugar nenhum. É aí que surge a ideia de se vestir de homem e tentar a vaga de tutor dos filhos de James St. Clair. Ela só não previa que seu coração corria o sério risco de se apaixonar por esse homem.

Amanda é uma mulher inteligente e bem instruída. Eu achei que ela ia demorar mais a se sentir atraída pelo lorde, mas no segundo dia ela já estava interessada nele. Não vou dizer que isso não foi algo que não me desapontou porque estaria mentindo. Achei que faria sentido demorar mais porque ela tinha ficado de saco cheio com relacionamentos e ela estava ali com a cabeça voltada para o trabalho. Não sei, só achei que iria demorar mais um pouco. Entretanto acho que o desenvolvimento dos dois foi bom e fez da leitura algo extremamente agradável.

Outro ponto do qual gostei muito foi o fato de James ter tido um ótimo casamento com sua finada esposa e o livro não tentar desmerecer a falecida em função da protagonista. Fico irritadíssima quando isso acontece e é o motivo pelo qual evito leituras com protagonistas viúvos. Não é possível que ninguém possa ter boas recordações dos antigos conjugues no mundo dos romances. Por que sempre tem que ter uma história horrível no fundo ou o amor não ser verdadeiro? (eu hein, que absurdo). Então o fato dele amá-la e ter um história feliz para compartilhar sobre ela foi um ponto muito positivo. Acho que foi um dos grandes diferenciais da história. Achei a construção e desenvolvimento dos personagens muito bom e com certeza ele entrou sim para os favoritos do ano.

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Uma união extraordinária - Alyssa Cole


 

Primeiro livro da série Liga da lealdade publicada pela editora Harlequin. A história do livro se passa no ano de 1862 durante a guerra civil que aconteceu nos EUA. Elle Burns é ex-escravizada e trabalha como agente na liga da lealdade. Ela tem memória fotográfica o que a torna uma agente de excelência. Por isso, em uma missão ela vai, disfarçada,  para a casa de um senador sulista para coletar informações. Lá ela enfrenta racismo, machismo e os medos que envolvem esse sistema desumano de escravidão. Elle é destemida, inteligente e usa de bom senso em sua missão.

Malcolm McCall é um detetive a serviço de Pinkerton. Ele é escocês e, assim como Elle, trabalha disfarçado para colher informações.  Malcolm é um homem charmoso e com boa lábia consegue se infiltrar nos grupos supremacistas. Os caminhos dele e Elle se cruzam quando os dois vão para casa do mesmo senador. Assim que a conhece, ele se apaixona por ela. Ela também sente algo por ele, mas o mundo é um lugar cruel demais e esse sentimento a enche de medo e aflição e gera um conflito interno.

Separem os lenços de papel porque é uma leitura forte e dolorosa. Só de pensar, sinto muita revolta e tristeza. As ofensas que Elle constantemente recebia assim como o medo de castigos físicos e dos perigos constantes no decorrer da trama me embrulhavam o estômago e me magoavam muito (fiz algumas paradas para respirar e chorar). O foco da narrativa alterna entre os dois protagonistas e isso nos ajuda a entender seus conflitos internos. Malcolm e Elle foram inspirados em pessoas reais e após a leitura decidi pesquisar um pouco sobre eles. Ver se tinha foto deles. A autora coloca essas informações e referências bibliográficas no final do livro e acho importante para quem quiser saber mais sobre. É um livro super necessário. Muita gratidão a Harlequin por ter lançado aqui.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Inuyasha - Rumiko Takahashi [vol 1]


Finalmente, depois de mil anos de espera (sim, eu sou dramática), Inuyasha foi relançado pela JBC. O mangá contará com 30 volumes e eu mal posso esperar para ter todos guardadinhos e seguros na minha estante. Amo Inuyasha, mas nunca tive a oportunidade de ler o mangá. Lembro de quando assisti o anime pela primeira vez e de como adorava os personagens e me sentia super envolvida pela história. Então estou encantada.

Em 1996  a jovem Kagome vive com sua mãe, irmão mais novo e avô em um santuário xintoísta em Tóquio. Um dia ela é puxada por um espírito maligno pelo poço oculto localizado em sua casa e vai parar no Japão medieval.  Lá ela descobre que é a reencarnação de uma sacerdotisa, a Kikyou, e recebe a missão de encontrar os pedaços da joia de quatro almas que ela acidentalmente quebrou com uma flecha espalhando-a por diversos cantos do Japão. Para completar essa missão ela precisa da ajuda de Inuyasha.

Inuyasha é um meio youkai (espírito, criatura sobrenatural) que passou anos selado em uma árvore. É a Kagome que o livra. Ele quer o poder da joia de quatro almas, mas precisa da ajuda de Kagome para localizá-la. Ele e Kikyou tem um passado que só vai ser esclarecido no decorrer da história. O que gera certa animosidade entre ele e Kagome apesar dela já ter repetido várias vezes que não é a Kikyou. Nesse volume eles enfrentam a mulher centopeia, Yura de cabelos invertidos e etc. Além disso temos já a aparição de Sesshoumaru, irmão de Inuyasha e com quem tem certa rivalidade.

Achei a edição linda e fiquei abraçada nela por muito tempo (sério, já tava pensando a hora em que alguém ia vir e falar: larga esse mangáaaaa). Para quem é fã da história é muito emocionante ter em mãos uma edição tão bem cuidada (gratidão jbc). Inuyasha é um mangá que reúne viagem no tempo, sobrenatural, aventura e romance, ou seja, tem tudo que particularmente gosto. Além disso tem a nostalgia de rever personagens tão queridos e que deixaram uma marca tão grande no meu coração (olha ela, que fofa). O volume também conta com uma introdução ao Inuyasha e uma entrevista com a autora e foi algo bem interessante para conhecer melhor o mangá.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Manhattan sob o luar - Sarah Morgan


 

Último livro da série Para Nova York, com amor publicada pela editora Harlequin. Mais um livro da série que não me decepciona. Até me arrependo de ter comprado todos os outros 5 em ebook em vez de físico (agora já foi). Esse livro vai trazer a história da Harriet Knight, irmã do Daniel e gêmea da Fliss. Ao contrário dos irmãos, ela sempre quis se apaixonar, mas a hora dela só chegou agora q. Sozinha em Manhattan e com a possibilidade de passar o Natal assim, ela resolve se desafiar e todos os dias fazer coisas que não faria normalmente tentando vencer seus medos.

Tem natal? Tem! Tem crush mal humorado? Tem!  Tem cachorros? TEEEEEEEEEEEEEM! Quem leu os dois livros anteriores que falam dos irmãos Knight, sabe que eles tiveram uma infância difícil por causa do pai deles que era violento e cometia abusos verbais contra eles e a mãe. Isso afetou muito a forma como os irmãos enxergavam relacionamentos e a vida. Harriet é um doce, mas ela tem como trauma não conseguir lidar com situações estressantes, ela gagueja e fica com vontade de sumir. Ela sente medo e por isso a ideia dela é se dar coragem de presente durante o natal. O jeito que ela encontrou de fazer isso é se desafiar todos os dias tentando coisas novas. A gente não tem como não se apegar e não torcer por ela. Ela é competente e sócia da irmã na empresa de passeadores de cães, a Guardiões do latido.

Ethan Black é nosso crush mal humorado e médico no setor de emergências do hospital. Ele é divorciado, mas calma gente, não tem drama de ex esposa aqui (ainda bem). Só vive para o trabalho. Um pouco cínico. Talvez muito. Adora a adrenalina do trabalho. Se acha o bom partido q. É muito bonito e tem uma boa interação com os outros médicos e enfermeiros que aparecem na história. Ele ama a família dele e por isso fica responsável de cuidar da cachorra quando a irmã dele precisa viajar urgentemente. Assim não preciso dizer, mas o destino dos dois é selado. 

Primeiro ponto que vale ressaltar é que a autora pesquisou bastante sobre a profissão dos personagens. Não é o primeiro livro dela lido por mim em que tem personagem médico e é interessante como ela demonstra o ambiente de trabalho e usa termos necessários para me fazer acreditar que essa  personagem trabalha no área da saúde. Achei bem positivo fazer com que nós leitores tivéssemos esse contato com o ambiente de trabalho no qual o personagem estava inserido. Não só dele como o trabalho da Harriet e do guardiões do latido que nos foi apresentado anteriormente e que também aparece nesse com ela sozinha na cidade. Acho que da série meus livros favoritos foram o segundo, quinto e esse (respectivamente Pôr do sol no central park, Férias nos hamptons e Manhattan sob o luar). No geral foi uma série boa com protagonistas masculinos que não dão nos nervos e evolução de relacionamentos de forma gradual. Mais uma vez a gente sai da leitura com uma lista de novas leituras já que personagens de outra série da autora são mencionados e aparecem nessa. Na aba personagens eu coloco uma lista completa dos que foram mencionados e consegui achar os títulos dos livros deles. Então se quiser saber é só clicar lá.

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

First time in forever - Sarah Morgan


 

Primeiro livro da trilogia Puffin island series. A série infelizmente não foi lançada no Brasil, mas quem sabe seja já que as personagens dela aparecem num dos livros de Para Nova York, com amor. Lembram quando eu disse que terminei Pôr do sol no Central Park com uma lista de outros livros para ler? Então, esse livro vai contar a história de Emily e Ryan Cooper. Lembram do casamento ao qual o Matt e a Frankie foram? Sim, esse é aquele Ryan, amigo do Matt.

A irmã famosa de Emily faleceu deixando-a numa situação bem complicada. Além de ter que cuidar de uma sobrinha e estar muito muito nervosa por não se achar capaz disso, tem que fugir dos jornais que querem saber tudo a respeito da falecida sem respeitar a privacidade e os sentimentos da filha. Por isso, as amigas dela Brittany e Sky acham que o melhor lugar para se esconder é a ilha Puffin já que é um lugar mais isolado, tranquilo. Brittany tem um chalé lá (a autora usa a palavra cottage) e é nele que Emily vai se refugiar. 

Emily lembra um pouco a Frankie na questão de achar o amor um problema e não querer se envolver. Ela tem algum trauma e que a gente só descobre conforme a personagem começa a se abrir. Nesse quesito de não querer amar temos os dois protagonistas bem determinados a não se apaixonar, já que o Ryan também é desses. Entretanto desde o começo sabemos porque o Ryan se sente dessa forma, enquanto com ela a gente vai percebendo conforme a história prossegue e ela resolve contar os motivos dela.

Mas e aí me diz como eles se encontram?

Britanny, amiga da Emily, está preocupada, mas ela está na Grécia no momento e por isso ela pede ao amigo para cuidar da Emily e ajudar caso seja necessário. E o amigo não é outro que não Ryan Cooper. Ryan é um tipo bem intrometido. Tudo ele quer saber o motivo, quando, onde etc. Teve um momento que estava até me dando nos nervos essa atitude dele (sai daí seu fofoqueiro q).  A dinâmica do relacionamento deles é bem fofa.

A construção da ilha, das pessoas em torno dos personagens principais é algo que me agrada muito nos livros da Sarah. Ela faz ótimos planos de fundo e não faz o livro ficar o tempo todo centrado na interação entre os protagonistas. Como eu sempre digo, é difícil imaginar alguém que só fale com o seu objeto de afeto e não interaja com mais ninguém durante o tempo todo. O foco narrativo alterna entre os dois protagonistas. A amizade entre Emily, Sky e Britanny é muito bem trabalhada, assim como o entorno do Ryan também. A gente inclusive tem grandes pistas dos próximos livros da série e seus protagonistas. Eu terminei com um sorrisinho no rosto, mas acho que gostaria de ter lido essa série antes de Para Nova York, com amor porque queria ter ido com essa perspectiva da vida na ilha Puffin para ser confrontada com as lembranças de Frankie sobre o lugar durante o livro dela (agora já foi né).

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

A noiva fantasma - Yangsze Choo


 

Livro publicado pela Darkside e era um que eu queria muito ler desde  que assisti a série que leva o mesmo nome na netflix, mas como eu não estava na vibe de ler livros fantasia na época (na verdade eu não estava na vibe de ler livro algum na época), foi uma leitura que deixei de lado. Não conhecia a escrita da autora e adorei como ela nos conduz para o lugar e época em que a história é inserida. Há uma riqueza de detalhes por parte dela e isso nos ajuda a formar imagens do que está sendo descrito. Foi um livro muito bom de ler e que para degustar cada página li bem devagar (mais do que o de costume).

Em 1893 no Malaia, é oferecido a jovem Li Lan uma proposta de casamento. Entretanto, não é uma proposta comum, o noivo está morto e seu fantasma começa azucrinar a jovem para que ela o aceite. Só que apesar de sua condição financeira precária, a jovem luta contra o destino de se tornar uma noiva fantasma e nos abre uma porta para esse mundo. Através dos olhos de Li Lan conheceremos o caminho percorrido por fantasmas descrito no livro.

Li Lan é uma jovem inteligente, determinada e por vezes acredito que lhe falte uma pitada de bom senso. A curiosidade dela é sem tamanho. A acho uma ótima protagonista feminina e inclusive em vez de estar focado em romance, o livro trabalha em torno da aventura, jornada da mocinha. Considero até um pouco difícil chamar algum dos personagens masculinos de protagonista porque o foco esteve sempre nela e em seus sentimentos.

O livro é bem escrito. É narrado em primeira pessoa, mas apesar disso (como sabem eu não curto muito) acho que casou perfeitamente com a proposta feita pela autora. Nós afinal de contas descobrimos um mundo sobrenatural junto e através dos olhos da mocinha. Sofremos os mesmos impactos que ela ao ver fantasmas ou demônios. A leitura sem dúvida entrou para as minhas favoritas do ano e foi uma experiência diferente já que tinha assistido a série antes. Ao mesmo tempo que foi uma leitura muito boa, também foi uma que me deixou com a sensação de falta. Eu precisava de um livro que me contasse os acontecimentos que decorreram após esse. Tem muita gente que gosta desse tipo de final, não odeio, mas não me sinto muito feliz quando deixam algo para imaginar.

O comentário abaixo tem spoiler e só os leia se você já leu o livro ou não se importa com spoiler.

Sinto pena do Tian Bai, acho que ele merecia mais, acho que a Li Lan deveria sim ter encontrado e oferecido uma explicação a ele. Ela foi egoísta nesse ponto. Já que terminou dando a entender que ela não faria isso. Como não consigo parar de pensar nele, não deixo de desejar que ele ao menos ganhasse um livro ou pelo menos um conto. Algo sobre ele e que me dissesse que ele encontrou um final feliz.


quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Encontro de almas - Sarah Morgan


 

Primeiro livro da trilogia Irmãos Westerling publicada pela editora Harlequin. Cada livro da série é sobre um dos trigêmeos que trabalham no mesmo ramo: saúde. Eles pertencem a uma família problemática com um pai dominador, abusivo, calculista e eu poderia continuar com a lista de defeitos mais paro por aqui porque não vai caber. O primeiro livro é sobre Katherine Westerling. Aos 18 anos, ela era apaixonada por Jago Rodriguez, mas ele foi embora por causa de um mal entendido deixando-a com o coração partido (sim, o clichê).

O pai de Katy é terrível, ele acha que tudo tem que sair do jeito que ele quer e passa por cima dos sentimentos de todo mundo para conseguir isso. Ele não poupa os próprios filhos que desenvolveram traumas por causa de toda a situação ruim dentro de casa. Katy se perdeu tentando agradar todo mundo. A única coisa que ela não abriu mão foi de se tornar médica, mas todo resto, inclusive o noivo nada tem muito a ver com ela. O fato é que o caso mal resolvido entre ela e Jago a assombra até hoje (miga, ajuda faz bem).

Jago não é o tipo de mocinho que mais me agrada por motivos de: ele age de forma precipitada (conversar teria feito bem né, querido?). Ele é o típico galã de novela que por qualquer mexida do vilão se afasta da mocinha sem mais nem menos e sem dar o benefício da dúvida.  Então eu meio que gostei do confronto entre eles, da Katy ter tido coragem de falar o que estava sentindo (vamos lembrar que ela acostumou a viver sem se impor, sem dar voz aos próprios sentimentos). Voltemos ao Jago, ele costumava trabalhar como consultor em um banco, junto com o pai dela (aff), depois da treta toda com a mocinha, trocou de carreira e foi estudar medicina. Ele é orgulhoso e por isso que a história dos dois desandou (revirei muito os olhos em diversas situações). Ele é um personagem estereotipado.

Como de costume, Sarah Morgan faz muito bem em inserir um contexto e já que muitas cenas se passam no hospital, em um setor de emergência, veremos sim os personagens trabalhando e conversando com seus colegas de serviço. Acho isso bem importante porque me frustra um pouco (muito) quando não tem (parece ralo). A única coisa que me incomodou foi o mocinho, não dá para ele achar que depois de tudo é só chegar, dizer o que tem vontade e fim, vai conseguir o que quer (a forma como ele chega nela é affff). Eu achando que ia amar todos os personagens principais masculinos criados por Sarah e ai vem esse e me mostra que não. Eu gostei um pouco da postura da Katy que apesar de ainda amar (e desejar até demais) o mocinho, se preserva um pouco (ou melhor tenta) e joga na cara dele alguns fatos. Vamos ver o que os próximos dois livros reservam.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Fragmentos da paixão - Sarah Mallory


Publicado pela editora Harlequin. Eu acho que nunca tinha lido livro da Sarah Mallory antes. A leitura foi fluída e quando vi já tinha lido mais de 100 páginas em pouquíssimo tempo. A sinopse me enganou direitinho e ainda bem porque eu sinceramente ficaria muito chocada se fosse como estava descrito nela porque parecia pouco verossímil. Imaginem ficar de frente com o marido que você abandonou e não reconhecê-lo. Em cinco anos não tem como uma pessoa mudar completamente (ou tem?).

Felicity Bourne teve que abandonar a escola para ir com tio religioso, único parente vivo, para Espanha. Chegando lá ele morre e ela se vê completamente desamparada. Sozinha e em uma situação de risco, ela é resgatada pelo major Nathan Carraway. Os dois se apaixonam e se casam. Por causa de um mal entendido (sempre um mal entendido que seria muito facilmente resolvido se as pessoas se comportassem como adultas e resolvessem conversar antes de uma atitude drástica) ela foge para Inglaterra. E por consequência de uma guerra que ocorria no momento, Nathan pensa que ela estava morta.

Felicity é uma jovem romântica, leal e talvez devesse chamar de ingênua também. Para uma pessoa como ela acreditar em qualquer coisa e ficar magoada seria muito fácil e foi. Só que tenho que dar certo crédito para ela porque o casamento deles foi algo muito rápido, eles nem se conheciam direito e se já não dá para colocar a mão no fogo por um conhecido, imagine por um desconhecido. Eu acho que por ser uma personagem que tem essa característica e um background que possibilita o leitor crer que ela é assim, a fuga dela fez sentido e ainda mais quando as informações nos são dadas e vemos o motivo dela crer nesse mal entendido.

Nathan é um homem bonito e que pareceu um herói saído de um sonho para mocinha (ela mesma diz isso sos). Ele é apaixonado por Felicity. Só que o belo homem não fala o que sente com todas as palavras e suas boas intenções geram caos. Nós leitores sabemos o motivo dele ter alguma atitude, mas a Felicity não e vendo pelos olhos dela é claro que o que ele está fazendo parece suspeito (ou assustador). Ele quer porque quer fazer as coisas da forma dele, mas não é assim que a banda toca. Foi um relacionamento rápido e que falhou em construir laços fortes de confiança.

E eis que esposa que você pensava estar morta reaparece. Imagine o ex major Nathan, agora conde, reencontrando sua esposa depois de cinco anos. O caos literalmente. De um lado temos Felicity que nunca deixou de amá-lo, porém não confia e ele também não ajuda nesse quesito, do outro lado temos Nathan que também a ama, mas está com o orgulho ferido porque ela fugiu e não sabe falar sobre o que sente. Então é óbvio, dá bosta (e cria o enredo ahahahah). Foi uma leitura muito fluída e rápida. Não gostei da cena dele reencontrando Felicity, mas depois as coisas caminharam melhor. Não vou negar que passei algumas raivas, mas pretendo ler outros livros da autora.

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Como encantar um canalha - Suzanne Enoch


Já gargalhei e xinguei muito. Minha vida de leitora é bem emocionante e eu encerro a trilogia com o segundo livro. Este é o segundo livro da série Lições de amor (ou trilogia dos canalhas) publicada pela editora Harlequin. Nele temos Evelyn Marie Ruddick que ao passar por um orfanato e ver as crianças a observando decide ajudá-las e se surpreende com o quão gratificante é fazer algo em benefício do próximo. Dessa forma decide agir, mas existe uma pedra em seu caminho e essa pedra atende por Marquês de St. Aubyn conhecido como Santo (e de santo ele não tem nada, não é mesmo?).

Santo, ou melhor Michael (vou usar o nome de batismo sim porque quero) é um canalha de marca maior. Muito canalha, completamente canalha e insultantemente canalha (respira, respira e respira). Acho que nunca li um personagem em que eu sentisse tanto que fosse tão canalha tão libertino quanto Michael. Não me dei bem com ele no começo (até mais da metade) e estava um tanto revoltada (como já devem ter percebido).  Acho que se demorasse mais um pouco para conhecê-lo melhor, ia explodir. Ele não liga para nada nem para ninguém, não tem amigos, muitas pessoas o evitam porque a fama negativa dele é capaz de por fim as melhores das reputações. Ele caga (não vejo outra palavra mais apropriada) para coisas boas e só pensa no próprio benefício.

Evelyn é boazinha, mas não a acho tão sábia. Não consigo entender a atração dela pelo Santo dos primeiros capítulos inclusive ele segue assim até mais da metade (ele não me desce e eu não vou negar). Ela sabe exatamente o que ele quer, o que ele é porque Santo nunca fez questão de disfarçar seus modos ou motivos. As amigas a alertaram e ela fez tempestade em copo d'água pensando que elas não achavam capaz de lidar com a situação (pfvr suas amigas são as que estão como você para o que der e vier, essa ideia nem era para passar pela sua cabeça).  O que eu gosto na Evelyn é o desejo genuíno em ajudar o orfanato. Não tem como negar o quanto ela se importa com as pessoas. Entretanto, não entendo o relacionamento com ele (não dá, simplesmente não dá).

Eu acho que a escrita e construção de personagens da Suzanne Enoch maravilhosas. Faz com que mesmo que você não morra de amores pelo personagens em um primeiro momento ou que termine sem gostar (oi, Santo) seja possível embarcar na história e entendê-los no decorrer da trama. Tem também o toque de realismo, já que podemos ver a hipocrisia de uma sociedade que quer parecer boa mesmo sem ser e pensa só em seu próprio benefício. Você já leu a trilogia? O que achou desse livro? Se não, você já se deparou com um personagem como o Santo?  Conta para mim nos comentários.

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Ventos de mudança - Beverly Jenkins


 

Primeiro livro da série Mulheres pioneiras publicada pela editora Arqueiro. Quando anunciaram o livro logo fiquei bastante empolgada e aguardando sua publicação. Eu nunca tinha lido nada da autora antes, mas já tinha ouvido muitos elogios e por pouco não li sua obra em inglês, mas como o anúncio da publicação em nosso idioma foi feito decidi aguardar.  A capa do livro é tão linda e passa tanto a sensação de esperança quanto a de liberdade por causa do campo aberto que se estende. Eu tenho vontade de ficar abraçada nesse livro de tão maravilhoso que ele é.

O ano é 1867. A guerra civil tinha terminado. Apesar do lado vencedor ter garantido a liberdade, a luta dos libertos era por igualdade, por seus direitos, contra as injustiças que continuavam a infligir dor (continuam até hoje). No meio deste período turbulento, a jovem Valinda Lacy se levanta com o sonho de ensinar os libertos a ler e escrever. Ela nasceu livre, mas se coloca no lugar dos que não. Ela é uma personagem maravilhosa. A história se passa em Nova Orleans para onde a personagem principal viaja com a intenção de ensinar, lá ela encontra empecilhos, perigos e amor. A construção da personagem foi muito boa e acompanhá-la em sua jornada de autoconhecimento é incrível.

Drake LeVeq é um protagonista masculino maravilhoso. Ele assim como a protagonista nasceu livre. Ele vem de uma família que trabalha em prol da igualdade, de conquistar os direitos. É arquiteto e é muito reconhecido em Nova Orleans por seu trabalho. É uma personagem forte, corajoso e sensível (Estou completamente apaixonada por ele). Não vou continuar minha lista de características do personagem para não correr o risco de dar spoiler. O que percebi nessa obra é que todos os personagens foram muito bem construídos.

Os dois se encontram em um momento em que a Valinda está correndo risco e é resgatada por Drake e Sable, cunhada dele (inclusive ela tem livro e Arqueiro lança esse livros por favoooooooooor). O contato de Valinda com os LeVeq, principalmente com as mulheres da família, ajudam muito em sua jornada. Faz ela ansiar por mais e dar liberdade aos sonhos que já possuía.

O livro é muito impactante. A autora nos mostra fatos históricos e nos leva a refletir sobre muitas coisas. Veio a liberdade, mas onde estão as pessoas da sua família que foram vendidas para outro estado, onde estão seus direitos,  onde está a igualdade,  onde estão as indenizações pelos anos de escravidão? Onde está a liberdade de fato? Como recomeçar em meio a uma sociedade racista? Eu chorei muito durante a leitura e chorei escrevendo a resenha lembrando do que mais me marcou. Acho que com palavras nunca conseguirei descrever o quão maravilhoso é esse livro e quão importante a leitura dele foi para mim e quão necessário ele é. Terminei esse livro com saudade, querendo ver mais dos personagens. Terminei o livro querendo ouvir mais. Terminei esse livro procurando por outros. Inclusive achei muito querido o fato da Beverly ter acrescentado no final algumas das fontes as quais ela recorreu durante a pesquisa para o livro. A gente já sai do livro com dicas preciosas de leitura.

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Projeto duquesa - Sabrina Jeffries


 

Primeiro livro da série Dinastia dos duques publicada pela editora Arqueiro. A duquesa viúva de Armitage, Lydia Fletcher, viúva três vezes e com herdeiro para ducado de cada casamento, é uma figura e tanto na sociedade. Essa série será sobre seus filhos duques e a busca por respostas em relação as mortes dos pais deles. Estou muito curiosa para saber quem foi o responsável pelas mortes porque é impossível ter sido um acidente. Foram três duques. Três. Com mortes suspeitas. Vou dizer minha hipótese e que infelizmente vou ter que esperar até o último livro para saber se viajei muito ou não. Acho que quem quer tenha feito isso era obcecado(a) por Lydia ou por algo que ela possuía. Além disso, a pessoa só podia executar seus planos em solo inglês. Já que Lydia teve a possibilidade de viver um bom tempo com o seu marido na Prússia e ao voltar para Inglaterra ele morre. Então existia algum tipo de restrição de locomoção para o assassino(a). Enfim, vou deixar minhas conjecturas para outro momento da resenha. 

Esse livro é sobre o quinto duque de Greycourt, Fletcher Pryde, filho do primeiro casamento de Lydia. Ele é rico e bonito. Boatos de que ele gerencia uma rede de libertinos (é o queeee?). Por causa da morte de seu padrasto, o duque de Armitage, ele retorna a casa da mãe para o funeral. Existe uma mágoa no coração dele em relação a ter sido enviado ainda jovem de volta para Inglaterra para estudar em Eton. Só que ele guarda esses sentimentos. Ao chegar na casa do irmão, agora também duque (socorro quanto duque), Sheridan, ele encontra uma moça atraente (que?) e já é bombardeado com a suspeita de Sheridan de que o pai teria sido assassinado. A moça, Beatrice Wolfe, é prima de Sheridan e irmã de quem ele suspeita ter matado o pai.

É ai o lugar onde reside o problema para o mocinho do livro que não queria ficar tanto tempo assim na casa da família. Ele está ao mesmo tempo atraído por Beatrice e envolvido nessa investigação. Você quer clichê? Toma aqui o do mocinho que não quer amar e por isso não tem o desejo de casamento (ai ai quanta complicação).

Beatrice Wolfe é uma jovem com bastante energia, apesar de ser neta de um duque, não sabe como se comportar como uma nobre. Ela teve uma vida difícil e ainda se preocupa com seu irmão, Joshua. Ele era um major a serviço da Coroa e que por ter sido ferido durante a guerra foi enviado de volta para casa. Em um primeiro momento ela considera Grey esnobe e depois simplesmente se sente atraída por ele. Eu tenho muita dificuldade com mocinhas que não têm bom senso. A pessoa acusando o irmão dela de um crime e ela se sentindo atraída... Comecei a simpatizar mais com ela conforme pontos sobre a vida dela foram revelados.

A escrita da autora é leve e boa para imaginarmos. Não tive dificuldades em visualizar as coisas. O foco da narrativa alterna entre os protagonistas e isso é algo que sempre elogio nos autores porque quando está em só um personagem tenho muita dificuldade em me conectar. Achei alguns comentários do Sheridan com o Grey um tanto cruéis. Entretanto deu tom realístico porque é de se imaginar que nobres daquela época se achariam o último biscoito do pacote. Um ponto que achei ótimo foi a inserção dos protagonistas dos próximos livros neste com certo destaque para que conheçamos um pouco melhor.

A partir daqui farei certos comentários que podem ser spoiler, então só continue se você não se importar ou já tenha lido o livro.

Um fato me chamou muito a atenção e talvez não seja nada demais, mas com todo esse lance de assassinato pode ser que tenha ligação. Então vou deixar registrado aqui para não esquecer. Grey menciona uma situação que viveu na infância, a babá que ele teve antes da mãe casar de novo e mudarem para outro país. Ele caiu e abriu o queixo. Herdeiros na maioria dos livros são tão cuidados para que nada aconteça e coloque em risco a sucessão e por isso as vezes até se ressentem do peso do título. Ele não fala mais a nada sobre isso, mas não deixo de pensar que talvez seja uma pista, que a babá tenha visto algo suspeito. Posso estar errada, mas para mim é algo que está ligado a morte dos duques ou não faria sentido ser mencionado. Tenho lá minhas suspeitas de quem teria sido capaz disso, mas como não tenho certeza, vou esperar ler o segundo livro para mencionar aqui.

Sheridan se mostrou um péssimo detetive e até o Grey afirma isso na primeira cena. As suposições dele são extremamente fracas e olha se for ele a desvendar esse mistério no último livro, acho bom que melhore porque acho que eu levantei pontos muito mais importantes do que os dele e nem tinha saído do primeiro capítulo quando pensei minha teoria (até porque né, três duques). Entretanto, vou tirar meu chapéu para ele porque foi o primeiro dos irmãos a pensar em assassinato. Só acho que ele devia um grande pedido de desculpas no fim das contas.  A forma como tratam o Joshua, irmão da mocinha, é demais para mim. Eu fiquei com uma sensação muito forte de injustiça por muito tempo durante a leitura tanto que só fui olhar o lado do romance bem no final mesmo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

O visconde que me amava - Julia Quinn


 

Ano passado, por causa da estreia da primeira temporada de Bridgertons, reli todos os livros. Agora a espera pela segunda temporada me fez ler de novo o visconde que me amava para fazer altas teorias, relembrar os detalhes e aguentar o peso dessa espera (já faz 84 anos). Antes de qualquer outra coisa, preciso avisar que esse resenha vai conter spoilers porque vou falar das cenas que estou torcendo muito que estejam na série. Então, se você ainda não leu ou não gosta de spoiler é melhor ir com calma. Vou colocar um alerta spoiler bem grande para você saber onde deve parar se não quiser ler essa parte.

Anthony vive com a certeza de que vai morrer cedo devido ao choque que teve aos 18 anos quando o pai, Edmund, faleceu. O pai era tudo para Anthony e ele achou, acreditou que nunca conseguiria o superar e por isso a certeza de que ele não passaria da idade que o pai tinha quando deixou este mundo. E é também por isso que ele decide que chegou a hora de cumprir suas obrigações com seu título de visconde e ter um herdeiro. Um casamento sem amor porque amor complica as coisas (e ele não precisa de mais nenhuma complicação não é mesmo?). A escolhida: o diamante da temporada, Srta Edwina.

Só que a irmã de Edwina, Kate, não curtiu em nada essa história de ter o libertino do Anthony querendo casar com a irmã. As provocações entre os dois vão crescendo junto com a atração que um desenvolve pelo outro, seria esse o começo de um problema para o visconde que não quer amar? seria esse um problema para Kate que não vai nenhum pouco com a cara do visconde? Com certeza! Se tem algo que eu acho divertido é romance de inimigos que viram amantes.  É sempre muito engraçado (ou quase sempre né porque a gente sempre passa um pouco de ódio).

Acho que foi ótimo ter relido o livro tantas vezes porque me fez perceber coisas que passaram batidas durante a primeira leitura, ver os personagens de formas diferentes e reparar melhor nos detalhes e detalhes as vezes fazem toda diferença. Uma fila imensa de livros novos para ler, mas reler esse me trouxe exatamente a sensação que eu precisava: me acalmar na espera e me fazer rir graças ao tom bem-humorado que Julia Quinn sempre coloca em seus livros. Eu acho incrível como eu tô lá respirando fundo numa cena e do nada começo a rir (gargalhar).

Alerta spoiler! É aqui que entram minhas expectativas em relação a série, comentários sobre cenas do livro que eu imagino possam estar nela etc.

Eu nunca escrevi um texto sobre expectativas em relação a séries ou filmes baseados em livros porque eu tento ao máximo não criá-las (mesmo falhando várias vezes miseravelmente, mas eu tento). Espero que não fique confuso. Pretendo falar sobre a personalidade da Kate, na verdade um traço dela e que já vi algumas pessoas comentarem a respeito; sobre as cenas do livro que eu gostaria que estivessem na série  (como a cena da tempestade que é indispensável para mim).

Vi que algumas pessoas dizendo que acham a a Kate invejosa e eu não concordo, acho que ela está cansada das comparações e de não ter o valor devido creditado. Inclusive o próprio Anthony desdenha dela no começo. Aquela cena do livro que se passa no lago Serpentine em que ele é um ogro só prova isso. Imagine que você ame sua irmã, mas as pessoas acham que a única saída é você ter inveja dela porque para eles você não é bonita o suficiente. Como ela poderia ter uma autoestima forte se todo mundo tá compenetrado em compará-la com outra pessoa? Para mim não há dúvidas de que ela ame a madrasta e a irmã de verdade. Ela só não acha que aquilo de temporada e encontrar marido seja para ela porque ninguém a notou e ela meio que já acostumou. Meu coração anseia para que tenham várias cenas na série delas interagindo como família porque vai ser lindo e eu quero muito a Edwina sagaz já mostrando para a gente (público) que percebeu o que tá rolando entre a irmã e o visconde fazendo complô com o Colin e Eloise (a gente pode sonhar né e fazer hipóteses q). Até porque eu sempre imagino que quando a Edwina e o Colin voltam juntos após o jogo de pall mall que eles podem ter conversado sobre Anthony e Kate. Eu sei que no livro não fala nada sobre o que conversaram e que pode ter sido sobre amenidades como o tempo etc, mas eu prefiro pensar que os dois estavam fazendo um complô sim. q

A Kate para mim é uma personagem bem lógica e posso provar. Vou falar dela tentando adiar a noite de núpcias (inclusive espero que a cena esteja na série). Como uma mulher do período da regência, ela não sabe nada ou quase nada sobre o que acontece em um leito conjugal e, para mim, a cena dela pedindo para adiar por uma semana faz todo o sentido. A falta de conhecimento é sim assustadora. Imagine o quão nervosa ela deve ter ficado? A Kate é uma personagem com preocupações e medos reais. Por esses e outros motivos eu a adoro.

A cena do escritório é o que me deixa 50% ódio, 50% tremedeira. Se fosse comigo, acho que não conseguiria olhar na cara dele por semanas (ou mais). Acredito que essa cena vai estar na série e que terei a mesma reação. INCLUSIVE ele merecia ficar com ciúmes dela. Eu juro, não gosto de jogos, odeio com todas as forças triângulos amorosos, mas uma parte de mim fica torcendo para fazerem na série o Colin, ao perceber que o Anthony gosta dela, se programe para zoar o irmão numa estratégia super clichê de mostrar ao protagonista seus reais sentimentos q. 

O pall mall dos Bridgertons:No livro a composição é o Simon, Daph, Colin, Edwina, Kate e Anthony. Com a saída do ator que interpreta o Simon, a minha imaginação aponta para duas possibilidades: Eloise ou Benedict. Acho que o jogo combina com a Eloise. Consigo visualizar ela na partida, apesar de que por dentro ainda torço para uma participação especial do nosso duque (meus dedos  estão cruzados e os seus?).

Os flashbacks do Edmund não saem da minha cabeça e eu vou dizer como os imagino na série. Eu ACHO que seria interessante ver o Anthony ir a lugares com memórias dele com pai. Ir para pensar no rumo que a vida dele está tomando. Se eu me sentisse perdida e a pessoa que eu amava não estivesse mais aqui, talvez eu procurasse locais em que as memórias sejam tão fortes que eu possa sentir como se ela estivesse do meu lado. Então eu meio que imagino isso (preparando os lenços de papel).

O Anthony tem o poder de me deixar completamente exasperada. Segui aaaaaaaaaaah com ele até a viagem para Aubrey Hall e toda a releitura sou eu assim aaaaaaaaaaah. Uma das cenas que mais preciso ver na série e se não tiver vou ficar triste porque é exatamente a cena na qual comecei a gostar do Anthony: a cena da tempestade quando ele fica ao lado dela durante seu ataque de pânico por causa dos trovões e raios. Eu tenho o mesmo medo. Sempre passo por isso sozinha, o fato dele estar lá pareceu tão reconfortante e me fez pensar nele de outra forma. Então para mim é uma cena indispensável, é ai que eu vejo o quanto ele se importa. E diga-se de passagem vai ser muito amor ver essa cena com os atores.

A participação de Maria Rosso é minúscula no livro, mas a da Siena Rosso na série tem um grande impacto no Anthony de lá (eu tô confusa já). Maria é ex amante do Anthony e aparece em uma apresentação na casa dos Bridgerton na mesma noite da fatídica cena  do escritório (aquela que me inspira raiva e tremedeira) e só. Eles se encontram, quase têm um flashback, mas não rola e ela vai embora. Na série ele parece gostar de verdade dela e eu bem acho que gosta mesmo, não é o amor que ele sente por Kate dos livros, é diferente.  E imagino que talvez em algum senso ela signifique um certo tipo de liberdade para ele, um afastamento momentâneo da dor e do peso de seu título e isso o tenha confundido na primeira temporada. Eu sinceramente achei interessante porque o que ele confundiu com amor é o que  faz com que ele ache que seja complicado e dá a ele a justificativa de não querer amar porque de fato ele não sabe o que é amor ou acha que não é para ele depois de uma desilusão.  Que venha o libertino com l maiúsculo, tô no aguardo.

Eu tenho muitas hipóteses em relação a série e cada dia que passa, sempre sai alguma foto, não consigo deixar de pensar em qual seria o contexto daquela imagem. Provavelmente lerei mais umas 300 vezes antes da estreia. Eu poderia continuar inclusive esse post contando tudo que imagino que pode acontecer, mas ia ficar muito maior do que já está e meu cérebro já deu um nó. Então é melhor parar por aqui. E vocês, já leram o livro? Estão assistindo a série e tem alguma hipótese que queiram compartilhar? O que acham dos protagonistas do livro?

sábado, 4 de setembro de 2021

A esposa do londrino - Caroline Linden

 


Primeiro livro da série Procura-se um duque publicada pela editora Harlequin. Comprei o livro no impulso porque a história tinha a ver com duques e eu amo histórias sobre duques (masoq). Assim que o tive em minhas mãos, furou a minha lista "vou ler" e não me arrependo. Eu nunca tinha lido um livro ou série de livros em que o processo de busca para o herdeiro de um ducado ou qualquer outro título ocorria. Era sempre algo como filho de fulano ou o risco de primo tal assumir, as escolhas sempre estiveram lá, definidas, mas não é isso que acontece aqui. Por este motivo e pela escrita da autora que diga-se de passagem gostei, não foi difícil me ver completamente embarcando na história.

Tudo começa com a morte do herdeiro do duque de Carlyle, o que faz o advogado da família e a duquesa cogitarem sobre quem assumiria essa posição. E vejam, a duquesa está completamente consternada com a possível pessoa que herdaria o título. Nenhuma das opções tinha sido preparado para tal cargo sendo parentes distantes. Quando o capitão Andrew St. James e Maximilian St. James chegam ao castelo mal sabem eles o que os aguardam. Não só a notícia de que um deles pode herdar o ducado, mas também que a duquesa oferecerá quinhentas mil libras imediatamente e mais uma quantia anual de mil e quinhentas libras desde que ambos se mantenham respeitáveis (ou o que seria a definição de respeitabilidade segundo a duquesa ou aristocracia) para estar a altura do título.

Maximilian St. James era tataraneto do segundo duque de Carlyle. Ele tem a fama de ser um apostador e então podemos dizer que ele não cai nas graças da duquesa. Entretanto, eu não senti isso nele logo de cara e por fim estava ficando cada vez mais convencida de que ele era de fato encantador (será que eu seria um alvo fácil para um libertino? não). Ele me parecia tão inteligente, sério e tão comprometido com tudo e foi motivo pelo qual eu quis descobrir mais sobre ele. 

Bianca Tate não tem papas na língua, é trabalhadora, ama a irmã e em alguns momentos a achei rude. Sua família é antiga no ramo de olaria e ela tem muito orgulho da profissão a qual exerce. Ela não confia nenhum pouco no St James no momento em que se conhecem. Quando de cara bati os olhos na personagem a palavra intransigente piscou no meu cérebro, mas certos aspectos e como a história evoluía começaram a me fazer entender melhor suas atitudes. 

Por certos motivos os dois acabam se casando por conveniência (e eu adoro a plot de casamentos por conveniência). Será um novo começo para o apostador? será um martírio para a Srta Tate? Quem sabe (euuu porque já li q). Gostei bastante do livro por mostrar o percurso do Max e Bianca como pessoas e casal, mostrar seus desejos seus anseios e a interação deles é bem gostosa e leve. Também vemos um pouco da dinâmica da olaria e da família Tate. O foco da narrativa se divide entre os dois protagonistas. O livro está na medida certa e termina já dando um mote para o segundo livro que será sobre o capitão. Mal posso esperar para lê-lo. Eu até imagino quem será o herdeiro do ducado, mas a ideia de que isso estará em aberto durante o decorrer da série me parece bem interessante. Você já leu o livro ou algo da autora? O que achou?

sábado, 28 de agosto de 2021

A New York christmas fairy tale - Sarah Morgan

 

Esse é um conto 25 capítulos oferecido gratuitamente e é um extra da série Para Nova York, com amor. Ele não foi publicado no Brasil e está disponível em inglês no site da Harlequin. Como não tinha uma capa para esse conto, coloquei uma foto bem natalina q. Atenção: contem alguns spoilers sobre personagens secundários do segundo livro da série porque são os protagonistas do conto

Quem leu o segundo livro da série conheceu Roxy, uma jovem profissional que teve um relacionamento abusivo e encontra na sua equipe de trabalho apoio tanto para ela quanto para sua filha Mia. Nós também conhecemos James e ao que tudo indica, para a gente que está de fora e alguns outros personagens, ele está interessado e se preocupa muito com ela.

Roxanne, Roxy para os amigos, pegou um trabalho temporário durante a época de fim de ano para poder comprar um presente de natal para sua filha. Ela se veste de fada e ajuda a organizar as filas para falar com o papai Noel. Ela é independente, esforçada e trabalhadora. Um dia James aparece no lugar onde ela trabalha e percebe que precisa encontrar um caminho para que Roxy saiba como ele se sente em relação a ela.

Esse conto foi a dose de doçura que eu precisava. Acho que foi a coisa mais fofa e encantadora de todas as leituras que fiz até agora. Se eu amava o Matt, não sei nem o que sinto pelo James. Só sei que meu coração correu em disparada para ele e não quer voltar não. Terminei com um sorriso enorme no rosto e desejando que fosse vendido um livrinho físico só para ter em mãos. É uma história de um relacionamento que começa em uma amizade e eu adoro como não tem dramas. Além disso é uma leitura rápida por ter capítulos bem curtinhos.

sábado, 21 de agosto de 2021

Milagre na 5ª Avenida - Sarah Morgan


 

Terceiro livro da série Para Nova York, com amor publicada pela editora Harlequin. Um livro com cheirinho de natal e como todo mundo bem sabe EU AMO O NATAL (então, só vem). Eva Jordan é das amigas a única que continua solteira e o que é um tremendo de um plot twist já que ela é a que acredita em romance e amor desde sempre. O natal sempre foi uma época mágica para ela, mas esse seria o segundo sem sua avó. A perda da avó era uma tristeza constante com a qual ela lutava. Ela se sentia sozinha e perdida com a partida dela. 

Eva não tem filtro, sua vida é um livro aberto. Ela fala muito, fala demais (hahaha e conseguia me deixar um pouco com vergonha alheia). Entretanto, parafraseando o livro, ela é com certeza um raio de sol e não chuva no dia das pessoas. Não tem como não gostar da Eva e não rir com ela ou querer proteger de todas as coisas ruins que possam acontecer.

Lucas Blade também está lidando com o luto. Sua esposa morreu há três anos e as lembranças do último momento em que a viu o assombram. Ele vive recluso. Se afastou da família por achar que todos não entendem e que por mais que tenham boas intenções querem que ele reconstrua a vida quando ele não tem mais interesse em amar. Ele é cínico, só vê o lado sombrio nas coisas, acha que as pessoas podem sempre ter algum interesse para fazer alguma coisa. E ele odeia o natal. É a época do falecimento de sua esposa.

A avó do protagonista e amiga da Eva, Mitzy, contrata a moça para arrumar a casa dele no melhor estilo natalino e preparar uma ceia enquanto ele está fora em um retiro de escrita. O problema é que ele não está ausente e é obrigado a conviver com uma Eva cheia do espírito do natal.  Adorei o fato de pelo menos em um dos capítulos o foco narrativo ter ido para avó do protagonista. Foi bem importante para a gente entender a situação e ver como alguém da família se sentia em relação ao Lucas. Eu acho que o luto foi bem retratado. Desde o começo da série quando falava sobre a Eva e seu relacionamento com avó, me identifiquei muito. Quando meu avô faleceu também ficava assim, de uma hora para outra começava a chorar. As vezes ainda choro né. Enfim, então também me senti abraçada pelas palavras do Lucas em um certo momento em que ele abraça a Eva (masoq).

Estava bastante curiosa para saber como o casal iria ficar junto porque a gente sabe que vai acontecer, é sempre o como que é interessante.  Sem falar que é uma leitura que deu bastante fome (pow Eva). Citou empadão e eu passei a noite toda pensando em comer. Ainda tem um feat Frankie sendo tiete do Lucas que nunca vai sair da minha memória. Antes que esqueça, GENTE! LANÇARAM A HISTÓRIA DA MATILDA. Lembram que eu li a prequel em inglês e resenhei aqui etc, então, agora temos em português. Comemorem comigo! Para quem tiver interesse o título em português ficou Meia-noite na Tiffany's.

sábado, 14 de agosto de 2021

Aposta no amor - Candace Camp


Primeiro livro da série Os cupidos publicada pela editora Harlequin (já tem resenha do segundo livro da série porque como bem sabem, eu comecei a ler pelo livro errado q). Constance Woodley não pode debutar, quando chegara sua época de passar sua temporada em Londres, seu pai caiu doente e como boa filha, ela ficou ao lado dele. Cinco anos se passaram e ele faleceu. Como seus bens eram ligados ao título, foram deixados para o irmão mais novo dele. Os tios de Constance não a tratam como membro da família, mas como alguém ao seu serviço. Eles se aproveitam de sua gratidão por terem deixado que ela vivesse na propriedade. Assim o tempo passou e agora ela é vista como solteirona pela sociedade.   Tudo que ela precisava era de uma fada madrinha e é ai que entra Francesca Haughston, uma viúva muito popular na sociedade aristocrática Londrina e que por onde passa tem uma fila de pretendentes.

Como o próprio nome sugere temos uma aposta dando um motivo para a aproximação das personagem. Ela feita por lady Haughston e o duque de Rochford de que ela deveria ser capaz de fazer qualquer jovem conquistar um marido nesta temporada. A jovem escolhida pelo duque é nossa Constance que foi a Londres como acompanhante das primas no debute delas. Francesca é uma mulher enigmática, bem relacionada, engenhosa e que apesar de ter dificuldades financeiras não deixa que ninguém saiba de sua situação. Ela prefere ganhar a vida através da ajuda que oferece a jovens que querem casar do que pedir ajuda aos familiares. Nesse livro descobrimos o motivo disso.

Dominic, lorde Leighton, é irmão de Francesca e ele testava meus limites porque em momentos o achava adorável e em outros, bem, nem tanto. Nossa Constance vai se sentir atraída por ele assim que o encontra por acidente num evento. Imagina você está lá de boas em uma biblioteca tentando passar um tempo longe de seus parentes que tem um desejo de consumir até a última gota do seu sangue quando do nada entra um homem muito bonito fugindo de uma mãe que quer porque quer fazer dele seu genro. Vocês conversam, flertam e vocês se beijam. Bem dramático. Eu ia ficar meio WTH por ser beijada na biblioteca da casa dos outros por um estranho e de forma aleatória, mas Constance não era eu e ela se sentiu atraída e Dom também (ok, ok). Ele é bem simpático e pés no chão completamente diferente dos nobres que estou acostumada a ver em livros de época.

A tia de Constance, Blanche, me deu nos nervos (tive vontade de gritar umas boas verdades). Eu fiquei me perguntando se não seria melhor sair da casa dos familiares e pedir para alguns dos amigos da família dela, do pai, indicação para trabalhar como acompanhante enquanto esperava o dinheiro, que o pai deixara, render o suficiente para ficar confortável  e ainda teria um salário. Seria muito mais útil e menos enervante. Constance é insegura pelo tratamento que recebeu e isso só somou ao meu desejo de que justiça fosse feita a personagem e ela finalmente conseguisse se ver livre dessa "família". Ela também é chegada em fazer tempestades em copo d'águas.

Com uma pegada de Cinderela com suas meio irmãs más (no caso da protagonista primas), madrasta má (tia) e pai omisso (tio), o livro nos faz navegar pelos salões ingleses e nos traz Francesca, nosso cupido. Acho genial como nos livros a gente vai sabendo um pouco mais sobre Francesca e como ela interfere na vida das protagonistas dos demais livros (e aqui vocês devem lembrar que apesar dessa resenha ser sobre o primeiro livros da série, eu já li o segundo hahaha). Isso só nos faz ansiar cada vez mais para a chegada do livro dela e que encerra a série. Como em um quebra-cabeças vamos pegando as peças conforme as histórias vão terminando e temos tempo para shippar muito. Nesse também tem um crime ocultado como segredo de família, ou seja me faz pensar que em todos os livros da série talvez tenham uma tragédia.

sábado, 7 de agosto de 2021

Pôr do sol no Central Park - Sarah Morgan

 

Segundo livro da série Para Nova York, com amor publicada pela editora Harlequin. A protagonista é Frankie Cole que conhecemos no livro anterior. Ela é uma das fundadoras da empresa de serviços e eventos Gênio Urbano (e como eu tinha dito na resenha do anterior tinha me interessado bastante pela história dela). Ela não acredita em amor, não acredita em casamento e ficou completamente traumatizada pelo divórcio dos pais e o que seguiu após isso. Ela tem medo e prefere não ter relacionamentos profundos porque sabe (ou acha que sabe) como vai acabar. Ela também é viciada em beber coca-cola no café da manhã.

Matt Walker, irmão da Paige (e meu crush) tem uma carreira de sucesso e uma paixão, segundo Jake (bff e protagonista do livro anterior), desde sempre pela Frankie. Ele é compreensivo e gentil (eu preciso parar de me apaixonar por personagens de livros, não tá dando mais). Tem uma gatinha chamada Garrinhas (e meu coração q). Eu poderia ficar o dia todo aqui falando em como o Matt é maravilhoso, mas convido você a ler e descobrir por si mesma. É claro que tem momentos em que eu pensei cara, calma aí, tá indo rápido demais, não fala isso... etc. O timing do mocinho é bem ruim (sinceramente).

Depois de descobrir algo sobre Frankie e de uma conversa com Jake, Matt decide agir. Ele sabe que o que sente por ela é correspondido, mas que o medo de relacionamentos é um empecilho para que os dois fiquem juntos. É preciso dar passos se quiser algo e no caso ele deu uns 20. Adoro como os amigos são importantes nessas horas. Eu entendo completamente os medos da Frankie e entendo que ela precisa de tempo, seguir no próprio tempo. Como leitora, foi ótima ver o momento em que ela começa a falar sobre a vida, sobre o que sente. Até por ser uma personagem que eu criei carinho assim que coloquei os olhos nela.

O Jake faz tudo, não é possível, no livro anterior ele deu vários conselhos e sugeriu as meninas de abrirem o próprio negócio, nesse ele aconselha o Matt sobre a Frankie (homem, você nem é o protagonista desse livro, pare de roubar a cena, meu amooor). Adorei a interação dos dois amigos, achei legal ter mantido e principalmente depois da torta de climão do livro anterior "tá ficando com a minha irmãaaaaa". Isso é algo que gostei bastante nessa série é que mostra a interação entre os personagens, não é só o casal, tem os amigos, tem os colegas de trabalho e conhecidos. Sem falar de que os personagens secundários são interessantes e despertam o desejo de saber mais sobre eles em seus próprios livros (eu mesma pesquisando os nomes dos personagens para saber se eles tem livros ou não). Sério que eu terminei esse livro com uma listinha de outros para ler. Amei o fato de ter personagens de livros de outras séries circulando por esse. E você já leu esse livro? Conta o que achou nos comentários.

sábado, 31 de julho de 2021

The summer bride - Anne Gracie


 

Quarto e último livro da série The Chance sisters. Atenção: essa resenha pode conter spoilers dos livros anteriores. A protagonista é Daisy (finalmente a vez da minha favorita chegou). Ela é a única das irmãs que não foi criada por membros da aristocracia, não conhece nem quem foram seus pais. Daisy trabalhava no bordel de onde ajudou Damaris e Jane fugirem. Como acompanhamos no primeiro livro após encontrarem com Abby, irmã de Jane, fica decidido de que elas viveriam como irmãs. Daisy fazia roupas e seu grande sonho é ter uma boutique no melhor bairro de Londres. E é por isso que ela está completamente atolada de trabalho fazendo o design e costurando as roupas de Jane para o debute. 

No livro anterior a gente percebe que Daisy está sempre muito ocupada e que ela não vai nos eventos sociais ou passeia com as irmãs e Lady Bea. No começo eu ficava triste e pensava que ninguém estava insistindo muito com ela para ir, que talvez não a incluíssem e ela se sentisse um peso se fosse junto. Depois fica claro que Daisy, apesar de ser convidada, prefere usar todas as horas do dia para aprontar encomendas e além disso por conta de sua origem e dificuldade de andar ela teme se transformar em uma piada na frente dos demais membros da sociedade. Ela não conta para ninguém como se sente em relação a perna, sobre seus medos, sobre o que viveu (Ai Daisy, eu queria tanto te dar um abraço). 

Patrick Flynn, nosso protagonista, roubou meu coração. Eu já estava interessada nele desde o momento em que ele chegou no segundo livro. Ele é parceiro de negócios e amigo de Max e Freddy, protagonistas do primeiro e do segundo livro, e deixou bem claro que queria casar com uma moça pertencente a aristocracia para poder ascender na escala social da época. Ele é irlandês e por ser estrangeiro e não ter um título precisa da ajuda de seus amigos para ser introduzido as famílias aristocratas. O Flynn tem um estilo único e atraente, mas seu maior ponto positivo é ter um bom coração (por que não existeeeee?). Flynn e Daisy tem uma relação de amizade muito forte.

Um beijo entre os protagonistas muda tudo. Flynn percebe que não precisa de um casamento conveniente, mas sim um feito por amor e isso ele só encontraria com a Daisy. Só que ela não quer casar, ela ama o Flynn, mas tem medo e tem motivos para ter. Depois de tudo que ela viveu seria estranho que não tivesse. Eu adoro como a Anne desenvolve o relacionamento deles passando de amizade e atração para amor. Gostei bastante em como a humanidade dos personagens é explorada, como vemos Daisy lidando com seus problemas.

Eu chorei, eu xinguei e ri muito durante essa leitura. Lady Bea faz tudo e ela realmente brilhou em todos os livros da série, mas principalmente nesse. O livro é narrado na terceira pessoa e o foco narrativo alterna entre Daisy e Flynn. E isso foi muito importante para conhecer quem são os protagonistas, conhecer suas histórias. A linha temporal é dividida com o livro anterior, então a gente tem agora a perspectiva de outros personagens sobre coisas que ocorreram no outro. Foi um ótimo encerramento e já estou com saudades, principalmente da Daisy que nunca me decepcionou (Acho inclusive que Daisy não era só minha favorita, mas era também a de todos os personagens q).

sábado, 24 de julho de 2021

Os irmãos DeFiore - Jennifer Faye (parte 2)


 

Como mencionei na resenha anterior por ser um volume único contendo dois livros eu iria dividir a postagem em duas. Assim como o primeiro infelizmente eu não consegui me apegar a nenhum dos protagonistas. Entretanto, como eu queria um romance clichê para passar o tempo e ele cumpriu essa função, então ok.  O título da história é sorriso cativante e seus protagonistas são: Stefano DeFiore e Jules Lane, irmã da protagonista anterior.

Stefano, pelos olhos de Jules, é lindo, mas ela logo de cara tem a impressão de que ele tem vergonha da aparência dela. O que ela não sabe é que ele instantaneamente se sentiu atraído por ela. Stefano trabalha no vinhedo da família e no começo não sabemos muito sobre ele, só que ele é viúvo, nunca nem quis saber de outro relacionamento após a morte da esposa por carregar algum tipo de culpa em relação a ela, é mais velho do que o Dante e está achando a decisão do seu irmão de casar tão cedo muito apressada (nisso eu concordo com ele). Ah e ele é tão indeciso quanto o Dante (Quase gritei com ele q).

Jules é irmã mais nova da Lizzie. Ela só tem a irmã no mundo, mas ao mesmo tempo que está triste por não viver mais perto dela, está super feliz. Ela vai a Itália para ajudar a planejar o casamento e ficaria só uma semana, mas a irmã decidiu casar em dois meses e por isso a volta dela para os EUA é adiada. Por não querer ficar de vela decide ficar no vinhedo da família DeFiore, não julgo porque faria o mesmo (a situação era completamente desconfortável, Dante e Lizzie estavam excessivos nas demonstrações publicas de afeto lol). Ela e Stefano acabam assumindo toda a responsabilidade de organizar o casamento já que os noivos estão ocupados demais com o restaurante e cumprir metas de um programa de TV. Por isso eles acabam se aproximando.

Seguindo o estilo do anterior, o foco narrativo é dividido entre o mocinho e a mocinha. Preciso dizer que gostei muito mais da Jules do que Lizzie. A presença do casal de protagonistas do livro anterior é bem forte nesse e existe bastante interação entre eles, o que é bem positivo. Eu não gosto quando o casal principal não tem interação com outras pessoas.

sábado, 17 de julho de 2021

The spring bride - Anne Gracie

 


Terceiro livro da série The Chance sisters ( não foi publicada no Brasil). Atenção: esta resenha pode conter spoilers dos livros anteriores. A protagonista do livro é Jane Chance. No prólogo temos acesso a uma das lembranças de Jane sobre a família: a mãe doente, Abby se esforçando para não deixar o pai perceber como a mãe estava doente e Jane pedindo para ouvir histórias sobre a mãe quando jovem debutante. Além da certeza de que eles se amavam, nós podemos perceber a pobreza em que se encontravam e de como isso afeta Jane porque essa realidade faz com que ela acredite que casamento deve ser feito de forma conveniente e não simplesmente por amor. E é essa crença que faz Jane aceitar ao primeiro pedido de casamento que recebe feito pelo lorde Cambury. Algo que achei completamente precipitado apesar de entender como a protagonista se sentia. Além disso ela contou tudo que tinha passado para ele, um completo estranho e isso poderia colocar em uma posição difícil as outras irmãs Chance e tia Bea que inventou toda a história delas serem sobrinhas dela e filhas de um marquês. Ela não conhecia absolutamente nada sobre ele e poderia ser muito bem alguém sem caráter e fazer fofoca.

O mocinho do livro é Zach Black, nome que ele adotou há anos quando fugiu de casa. Ele voltou para Londres a pedido de seu amigo Gil Radcliffe para entregar uma documentação sigilosa. Ao chegar lá, Gil informa que ele deve ir ao escritório de advocacia que cuida dos bens de seu falecido pai. Lá ele é informado de que em poucas semanas será dado como morto e que seus bens irão para o primo dele. O que não é um problema porque existem várias pessoas que podem reconhecê-lo e testemunhar que ele é quem diz ser. Entretanto, ao fazer isso será preso pelo assassinato da madrasta (é o queeeeee?). A questão é que ele não matou ninguém, ele ajudou a madrasta fugir do pai dele que era um homem horrível. Então antes de se apresentar e pegar a fortuna que lhe é de direito e assumir seu título, ele precisa provar sua inocência. Ele usa um disfarce e em nada parece alguém da aristocracia britânica.

O destino dos nossos mocinhos se cruza quando Jane passar por uma situação de perigo e é resgatada por ele. Eu sinceramente não gosto da arrogância do Zach e já estava imaginando que ele seria o primeiro protagonista, criado pela Anne, que eu não gostaria (aff ele é muito cheio de si sos), mas no último minuto do segundo tempo me senti levemente balançada por ele. Já Jane, eu achava que ela seria uma mocinha bem racional, mas, em partes, entendi que ela era mais emoção do que razão. Inclusive o fato de aceitar um noivado sem nem ao menos conhecer o pretendente contribuiu para esse julgamento. Ela nem tinha debutado, por favor, poderia ter esperado, conhecido outros pretendentes, conhecido melhor lorde Cambury antes de aceitar.

Eu adoro mistérios e fico tentada a solucionar. Já tinha certa ideia do que tinha acontecido em relação ao assassinato do qual o mocinho fora incriminado, ele até levanta a mesma hipótese que eu. Esse é um daqueles livros que dá vontade de dizer: miga, cuidado para não cuspir para o alto e acertar a própria testa. Para o mocinho, o que eu tinha vontade de dizer o Gil disse. Inclusive, falando em Gil, ele tem bastante qualidade de protagonista. Vou ficar na torcida para que seja algum dia. A Daisy e a lady Bea brilharam nesse livro e eu só reforço meu favoritismo pela Daisy (eu tô falando isso desde o primeiro livro, na torcida para o dela ser bom ou eu vou ficar muito triste).