sábado, 31 de julho de 2021

The summer bride - Anne Gracie


 

Quarto e último livro da série The Chance sisters. Atenção: essa resenha pode conter spoilers dos livros anteriores. A protagonista é Daisy (finalmente a vez da minha favorita chegou). Ela é a única das irmãs que não foi criada por membros da aristocracia, não conhece nem quem foram seus pais. Daisy trabalhava no bordel de onde ajudou Damaris e Jane fugirem. Como acompanhamos no primeiro livro após encontrarem com Abby, irmã de Jane, fica decidido de que elas viveriam como irmãs. Daisy fazia roupas e seu grande sonho é ter uma boutique no melhor bairro de Londres. E é por isso que ela está completamente atolada de trabalho fazendo o design e costurando as roupas de Jane para o debute. 

No livro anterior a gente percebe que Daisy está sempre muito ocupada e que ela não vai nos eventos sociais ou passeia com as irmãs e Lady Bea. No começo eu ficava triste e pensava que ninguém estava insistindo muito com ela para ir, que talvez não a incluíssem e ela se sentisse um peso se fosse junto. Depois fica claro que Daisy, apesar de ser convidada, prefere usar todas as horas do dia para aprontar encomendas e além disso por conta de sua origem e dificuldade de andar ela teme se transformar em uma piada na frente dos demais membros da sociedade. Ela não conta para ninguém como se sente em relação a perna, sobre seus medos, sobre o que viveu (Ai Daisy, eu queria tanto te dar um abraço). 

Patrick Flynn, nosso protagonista, roubou meu coração. Eu já estava interessada nele desde o momento em que ele chegou no segundo livro. Ele é parceiro de negócios e amigo de Max e Freddy, protagonistas do primeiro e do segundo livro, e deixou bem claro que queria casar com uma moça pertencente a aristocracia para poder ascender na escala social da época. Ele é irlandês e por ser estrangeiro e não ter um título precisa da ajuda de seus amigos para ser introduzido as famílias aristocratas. O Flynn tem um estilo único e atraente, mas seu maior ponto positivo é ter um bom coração (por que não existeeeee?). Flynn e Daisy tem uma relação de amizade muito forte.

Um beijo entre os protagonistas muda tudo. Flynn percebe que não precisa de um casamento conveniente, mas sim um feito por amor e isso ele só encontraria com a Daisy. Só que ela não quer casar, ela ama o Flynn, mas tem medo e tem motivos para ter. Depois de tudo que ela viveu seria estranho que não tivesse. Eu adoro como a Anne desenvolve o relacionamento deles passando de amizade e atração para amor. Gostei bastante em como a humanidade dos personagens é explorada, como vemos Daisy lidando com seus problemas.

Eu chorei, eu xinguei e ri muito durante essa leitura. Lady Bea faz tudo e ela realmente brilhou em todos os livros da série, mas principalmente nesse. O livro é narrado na terceira pessoa e o foco narrativo alterna entre Daisy e Flynn. E isso foi muito importante para conhecer quem são os protagonistas, conhecer suas histórias. A linha temporal é dividida com o livro anterior, então a gente tem agora a perspectiva de outros personagens sobre coisas que ocorreram no outro. Foi um ótimo encerramento e já estou com saudades, principalmente da Daisy que nunca me decepcionou (Acho inclusive que Daisy não era só minha favorita, mas era também a de todos os personagens q).

sábado, 24 de julho de 2021

Os irmãos DeFiore - Jennifer Faye (parte 2)


 

Como mencionei na resenha anterior por ser um volume único contendo dois livros eu iria dividir a postagem em duas. Assim como o primeiro infelizmente eu não consegui me apegar a nenhum dos protagonistas. Entretanto, como eu queria um romance clichê para passar o tempo e ele cumpriu essa função, então ok.  O título da história é sorriso cativante e seus protagonistas são: Stefano DeFiore e Jules Lane, irmã da protagonista anterior.

Stefano, pelos olhos de Jules, é lindo, mas ela logo de cara tem a impressão de que ele tem vergonha da aparência dela. O que ela não sabe é que ele instantaneamente se sentiu atraído por ela. Stefano trabalha no vinhedo da família e no começo não sabemos muito sobre ele, só que ele é viúvo, nunca nem quis saber de outro relacionamento após a morte da esposa por carregar algum tipo de culpa em relação a ela, é mais velho do que o Dante e está achando a decisão do seu irmão de casar tão cedo muito apressada (nisso eu concordo com ele). Ah e ele é tão indeciso quanto o Dante (Quase gritei com ele q).

Jules é irmã mais nova da Lizzie. Ela só tem a irmã no mundo, mas ao mesmo tempo que está triste por não viver mais perto dela, está super feliz. Ela vai a Itália para ajudar a planejar o casamento e ficaria só uma semana, mas a irmã decidiu casar em dois meses e por isso a volta dela para os EUA é adiada. Por não querer ficar de vela decide ficar no vinhedo da família DeFiore, não julgo porque faria o mesmo (a situação era completamente desconfortável, Dante e Lizzie estavam excessivos nas demonstrações publicas de afeto lol). Ela e Stefano acabam assumindo toda a responsabilidade de organizar o casamento já que os noivos estão ocupados demais com o restaurante e cumprir metas de um programa de TV. Por isso eles acabam se aproximando.

Seguindo o estilo do anterior, o foco narrativo é dividido entre o mocinho e a mocinha. Preciso dizer que gostei muito mais da Jules do que Lizzie. A presença do casal de protagonistas do livro anterior é bem forte nesse e existe bastante interação entre eles, o que é bem positivo. Eu não gosto quando o casal principal não tem interação com outras pessoas.

sábado, 17 de julho de 2021

The spring bride - Anne Gracie

 


Terceiro livro da série The Chance sisters ( não foi publicada no Brasil). Atenção: esta resenha pode conter spoilers dos livros anteriores. A protagonista do livro é Jane Chance. No prólogo temos acesso a uma das lembranças de Jane sobre a família: a mãe doente, Abby se esforçando para não deixar o pai perceber como a mãe estava doente e Jane pedindo para ouvir histórias sobre a mãe quando jovem debutante. Além da certeza de que eles se amavam, nós podemos perceber a pobreza em que se encontravam e de como isso afeta Jane porque essa realidade faz com que ela acredite que casamento deve ser feito de forma conveniente e não simplesmente por amor. E é essa crença que faz Jane aceitar ao primeiro pedido de casamento que recebe feito pelo lorde Cambury. Algo que achei completamente precipitado apesar de entender como a protagonista se sentia. Além disso ela contou tudo que tinha passado para ele, um completo estranho e isso poderia colocar em uma posição difícil as outras irmãs Chance e tia Bea que inventou toda a história delas serem sobrinhas dela e filhas de um marquês. Ela não conhecia absolutamente nada sobre ele e poderia ser muito bem alguém sem caráter e fazer fofoca.

O mocinho do livro é Zach Black, nome que ele adotou há anos quando fugiu de casa. Ele voltou para Londres a pedido de seu amigo Gil Radcliffe para entregar uma documentação sigilosa. Ao chegar lá, Gil informa que ele deve ir ao escritório de advocacia que cuida dos bens de seu falecido pai. Lá ele é informado de que em poucas semanas será dado como morto e que seus bens irão para o primo dele. O que não é um problema porque existem várias pessoas que podem reconhecê-lo e testemunhar que ele é quem diz ser. Entretanto, ao fazer isso será preso pelo assassinato da madrasta (é o queeeeee?). A questão é que ele não matou ninguém, ele ajudou a madrasta fugir do pai dele que era um homem horrível. Então antes de se apresentar e pegar a fortuna que lhe é de direito e assumir seu título, ele precisa provar sua inocência. Ele usa um disfarce e em nada parece alguém da aristocracia britânica.

O destino dos nossos mocinhos se cruza quando Jane passar por uma situação de perigo e é resgatada por ele. Eu sinceramente não gosto da arrogância do Zach e já estava imaginando que ele seria o primeiro protagonista, criado pela Anne, que eu não gostaria (aff ele é muito cheio de si sos), mas no último minuto do segundo tempo me senti levemente balançada por ele. Já Jane, eu achava que ela seria uma mocinha bem racional, mas, em partes, entendi que ela era mais emoção do que razão. Inclusive o fato de aceitar um noivado sem nem ao menos conhecer o pretendente contribuiu para esse julgamento. Ela nem tinha debutado, por favor, poderia ter esperado, conhecido outros pretendentes, conhecido melhor lorde Cambury antes de aceitar.

Eu adoro mistérios e fico tentada a solucionar. Já tinha certa ideia do que tinha acontecido em relação ao assassinato do qual o mocinho fora incriminado, ele até levanta a mesma hipótese que eu. Esse é um daqueles livros que dá vontade de dizer: miga, cuidado para não cuspir para o alto e acertar a própria testa. Para o mocinho, o que eu tinha vontade de dizer o Gil disse. Inclusive, falando em Gil, ele tem bastante qualidade de protagonista. Vou ficar na torcida para que seja algum dia. A Daisy e a lady Bea brilharam nesse livro e eu só reforço meu favoritismo pela Daisy (eu tô falando isso desde o primeiro livro, na torcida para o dela ser bom ou eu vou ficar muito triste).

sábado, 10 de julho de 2021

Os irmãos DeFiore - Jennifer Faye (parte 1)


 

Livro publicado pela editora Harlequin. É um volume único contendo os dois livros da duologia Os irmãos DeFiore e por isso decidi dividir a postagem em parte 1 e 2. Ambos os livros se passam na Itália. O primeiro livro e do qual tratarei nesse post é Sabor inebriante. É a história de Dante DeFiore que assumiu o restaurante do avô porque o senhorzinho, por uma questão de saúde, teve que se afastar do trabalho. Além disso, o restaurante fica com apenas metade dos funcionários. E se não bastasse todos esses acontecimentos, Dante  tem que lidar com a chegada de uma jovem norte americana que veio fazer um estágio e gravar um quadro para um programa culinário junto com seu avô.

Dante é descrito como um homem muito bonito e capaz de encantar qualquer pessoa que cruze o seu caminho (olha ele como é irresistível aha). Eu o imaginei charmoso porque toda essa perspectiva de beleza vem de uma só fonte, a protagonista. O que eu gosto nele é a falta de reações muito abrasivas. A chegada de surpresa de Lizzie é algo  que atrapalha os planos dele de venda do restaurante (e sim ele quer vender o restaurante). Entretanto, apesar de não querer cooperar com ela, eles conversam e apresentam seus pontos, no caso ela apresenta o contrato assinado pelo avô dele (RISOS). Ele não dá um chilique  (finalmente). Só é um pouco (ok, muito) indeciso.

Lizzie sabe o que quer e é desconfiada. Ela quer muito que o programa de tv aconteça porque o dinheiro que receberá servirá para custear os estudos da irmã adotiva dela. Tendo crescido sem família, o forte dela não é confiar nas pessoas, não é a toa que além do contrato assinado, ela também trouxe cópia dos emails trocados com o avô de Dante no qual ele garantia acomodações para ela. Eu a achei com certa mania de se impor aos outros.

Os dois se sentem atraídos um pelo outro no momento em que se conhecem. Não gosto muito disso, mas é o que acontece na maioria dos livros (então, eu já abstraí, mas mesmo assim quis falar aqui). Os pensamentos de um pelo outro são sempre tão "eita, gente calma aí". O engraçado é que a mocinha tem plena certeza do efeito que ela causa no mocinho porque as expressões dele dão muito na cara (FINALMENTE alguém que percebe). Porque me dá certa agonia quando é óbvio que a outra pessoa tem interesse, mas os protagonistas não percebem. Isso fez com que eu gostasse um pouco mais dela, pareceu um pouco mais realístico. O que não gostei foi a falta de cenas no restaurante. Eu gostaria que tivessem tido mais interações na cozinha e com os funcionários porque o motivo principal dela ter ido para lá foi estagiar no restaurante.  Infelizmente não me senti tão envolvida com os personagens ou sentindo saudades deles quando acabou.

sábado, 3 de julho de 2021

The winter bride - Anne Gracie


Segundo livro da série The Chance sisters (série não publicada no Brasil). Aviso: essa resenha pode conter alguns spoilers do livro anterior já que esse ocorre logo após o primeiro e estão ligados. O livro é sobre Damaris e ele nos esclarece como ela foi levada a força para o bordel. E sinceramente eu fiquei com meu coração na mão e não consegui segurar o choro. Para quem não lembra da resenha do primeiro livro, nele somos introduzidas as personagens e testemunhamos a fuga da Damaris e Jane do bordel com auxilio da Daisy.  Entretanto só a história de como Jane foi parar lá nos é narrada com mais detalhes. Agora, nesse, temos acesso ao que exatamente aconteceu com Damaris e a marcou deixando com terríveis pesadelos e a fazendo abandonar sonhos antigos. Nem a vida com suas irmãs adotivas e tia Bea (eu super intima dos personagens abandonei até o título q) não consegue fazer com que se sinta segura. 

Com o casamento de Abby e Max, protagonistas do livro anterior, se aproximando, o temor de que a tia invente mais alguma história sobre a família começa a criar certa raiz no coração de Max (a tia dele inventou uma baita novela para justificar as sobrinhas que ela não tinha) e por isso ele pede ao honorável Frederick Monkton-Coombes (nosso protagonista eeee) para ficar de olho tanto na tia quanto nas irmãs Chance. Frederick, ou Freddy para os íntimos, é muito engraçado. Eu ri muito com ele, muito mesmo. Nada o assusta mais do que jovens que querem casar. Sério, ele acha que Orgulho e preconceito é uma história de terror porque todo mundo termina casado (gargalhei nessa cena inclusive). Apesar dele se sentir atraído pela Damaris e por isso não querer ficar muito próximo (queria sim), ele aceita. Eu amo o Freddy, o amei desde que o conheci no primeiro livro e o amor se consolidou em meu coração. Além da beleza, ele é gentil e encantador.

Mas e aí como a história desenrola? Você só está falando das características dos personagens. Você deve estar se perguntando e vou responder. O fato é Freddy é um nobre e apesar de não querer casar, ele está sendo forçado pelos seus pais a escolher uma noiva. É então que surge o plano de um falso noivado e ele escolhe a Damaris porque ela também não deseja se casar, ou seja ela é a pessoa perfeita para o esquema. O que ela ganha com isso? Um chalé. É o que ela mais deseja, lembremos que nossa protagonista por causa dos traumas precisa ter uma segurança que no caso é ter um lugar dela. Só que nada é tão simples porque eles agora por conta disso são obrigados a passar mais tempo juntos e consequentemente se conhecer melhor.

Anne Gracie tem esse poder de fazer a gente gostar dos personagens ou se sentir envolvida com eles de uma forma tremenda. Gostaria que todo mundo tivesse a oportunidade de ler os livros dela porque são muito bons. As relações progridem sem pressa. A gente não fica com aquela impressão de que as pessoas começaram a se amar do nada, assim que colocaram os olhos um no outro. O foco da narrativa se divide entre Damaris e Frederick. E como sempre tenho que dizer que é algo que acho perfeito porque nos ajuda a entender melhor os personagens principais. Ambos personagens guardam segredos que os machucam e por isso é importante essa alternância de foco. Além disso, a interação deles com outros personagens existe e é importante. Não sei o que vocês acham, me digam nos comentários, mas eu não curto muito quando a história está o tempo todo em torno do casal como se eles só tivessem um ao outro na vida (não tem um familiar, um amigo, sei lá). Após essa leitura, só consigo reforçar meu favoritismo pela Daisy e meu desejo por chegar logo no livro dela.