Quarto e último livro da série The Chance sisters. Atenção: essa resenha pode conter spoilers dos livros anteriores. A protagonista é Daisy (finalmente a vez da minha favorita chegou). Ela é a única das irmãs que não foi criada por membros da aristocracia, não conhece nem quem foram seus pais. Daisy trabalhava no bordel de onde ajudou Damaris e Jane fugirem. Como acompanhamos no primeiro livro após encontrarem com Abby, irmã de Jane, fica decidido de que elas viveriam como irmãs. Daisy fazia roupas e seu grande sonho é ter uma boutique no melhor bairro de Londres. E é por isso que ela está completamente atolada de trabalho fazendo o design e costurando as roupas de Jane para o debute.
No livro anterior a gente percebe que Daisy está sempre muito ocupada e que ela não vai nos eventos sociais ou passeia com as irmãs e Lady Bea. No começo eu ficava triste e pensava que ninguém estava insistindo muito com ela para ir, que talvez não a incluíssem e ela se sentisse um peso se fosse junto. Depois fica claro que Daisy, apesar de ser convidada, prefere usar todas as horas do dia para aprontar encomendas e além disso por conta de sua origem e dificuldade de andar ela teme se transformar em uma piada na frente dos demais membros da sociedade. Ela não conta para ninguém como se sente em relação a perna, sobre seus medos, sobre o que viveu (Ai Daisy, eu queria tanto te dar um abraço).
Patrick Flynn, nosso protagonista, roubou meu coração. Eu já estava interessada nele desde o momento em que ele chegou no segundo livro. Ele é parceiro de negócios e amigo de Max e Freddy, protagonistas do primeiro e do segundo livro, e deixou bem claro que queria casar com uma moça pertencente a aristocracia para poder ascender na escala social da época. Ele é irlandês e por ser estrangeiro e não ter um título precisa da ajuda de seus amigos para ser introduzido as famílias aristocratas. O Flynn tem um estilo único e atraente, mas seu maior ponto positivo é ter um bom coração (por que não existeeeee?). Flynn e Daisy tem uma relação de amizade muito forte.
Um beijo entre os protagonistas muda tudo. Flynn percebe que não precisa de um casamento conveniente, mas sim um feito por amor e isso ele só encontraria com a Daisy. Só que ela não quer casar, ela ama o Flynn, mas tem medo e tem motivos para ter. Depois de tudo que ela viveu seria estranho que não tivesse. Eu adoro como a Anne desenvolve o relacionamento deles passando de amizade e atração para amor. Gostei bastante em como a humanidade dos personagens é explorada, como vemos Daisy lidando com seus problemas.
Eu chorei, eu xinguei e ri muito durante essa leitura. Lady Bea faz tudo e ela realmente brilhou em todos os livros da série, mas principalmente nesse. O livro é narrado na terceira pessoa e o foco narrativo alterna entre Daisy e Flynn. E isso foi muito importante para conhecer quem são os protagonistas, conhecer suas histórias. A linha temporal é dividida com o livro anterior, então a gente tem agora a perspectiva de outros personagens sobre coisas que ocorreram no outro. Foi um ótimo encerramento e já estou com saudades, principalmente da Daisy que nunca me decepcionou (Acho inclusive que Daisy não era só minha favorita, mas era também a de todos os personagens q).