sábado, 24 de abril de 2021

Encontro no altar - Jessica Hart


 

Publicado pela editora Harlequin faz parte da duologia Bridegroom Boss da qual é o segundo livro. Lucy West detesta Guy Dangerfield sem motivo aparente. Tudo nele é irritante (uhum, ah sei, aham). Vou confessar que, em um primeiro momento, achei o Guy o tipo de pessoa intrometida, o que é óbvio não me conquista muito, mas também não justifica a raiva dela por ele. O livro começa com ela tentando nos convencer de que por um lado ele é extremamente bonito, por outro todos os traços de personalidade dele não só não a convencem, como a irritam (o que me pareceu estranho porque ele não fez nada que o tornasse detestável). Apesar de ter o Kevin (cara que ela tá conhecendo), para todos nós é óbvio que ela está interessada é no Guy porque o que ele faz ou o não faz não incomodariam tanto se ela não estivesse interessada. É óbvio para gente, mas como sempre não é para mocinha.

Lucy é jovem cheia de vida, leal e trabalhadora, mas que tem medo de encarar possíveis dificuldades, por isso sempre larga as coisas ou escolhe aquilo que não vai representar nenhum desafio. Ela também fantasia demais as pessoas, seus relacionamentos, a vida etc. E isso dá para notar até pela situação com o Guy, a principio o que ela detesta é imagem que ela criou do Guy e não ele. E ai você pode pensar que talvez seria difícil gostar dela por causa desses últimos traços mencionados, mas acho que como todos nós ela só precisava acreditar nela mesma e encontrar o próprio rumo.

Já o Guy, apesar da gente viver o livro através dos olhos de Lucy, podemos perceber como ele é um cara bacana logo no começo. E sim eu o achei intrometido e de fato é porque assim ninguém perguntou nada para ele dar algum tipo de opinião (é o que?). Antes de ler o livro tive até certo receio de que ele fosse o tipo de mocinho que ia forçar opinião dele, dizer palavras amargas, mas não foi nada disso que encontrei (ainda bem ou então ficaria muito cansada). Ele me pareceu maduro (e deveria porque né 33 anos pfvr) e achei a conversa séria que teve com ela interessante e no mínimo uma forma de incentivá-la a explorar seu potencial já que ela está acostumada a ficar sempre em um lugar de conforto. Eu acho que ele viu nela um pouco de si próprio e por isso se meteu (EU ACHO, mas eu sempre acho muito mais do que está escrito).

Gostei bastante da narrativa apesar de ser feita somente pela Lucy e parte da razão é porque não me senti influenciada por ela a desgostar do Guy, acredito pela inconsistência dos sentimentos iniciais dela por ele. É uma leitura bem suave, tranquila e era exatamente o que eu precisava, foi meio como assistir uma comédia romântica. Inclusive o próximo livro que pretendo ler dessa autora é sobre a irmã de Lucy: Meredith (reconheço mesmo o potencial de protagonista quando vejo um e no final do livro ficou claro de que tinha alguma coisa sobre ela). De fato, o livro dela é o primeiro dessa duologia, mas não achei em português (bem típico eu descobrir isso só depois de ter lido o segundo).

10 comentários:

  1. Oi Emi, tudo bem?

    Não conhecia o livro e nem a autora, mas pela sua resenha a narrativa me pareceu bem clichê. Acho que também teria problemas para me conectar com a história pela forma como ela foi desenvolvida.

    O último livro que li senti falta de ter o ponto de vista do protagonista masculino na narrativa e isso influenciou muito na minha relação com a obra.

    Beijos;***
    Ariane Gisele Reis | Blog My Dear Library.

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    1. Oi, Ariane :)
      eu também prefiro que tenha o ponto de vista do protagonista masculino nas histórias. O engraçado é que no primeiro livro dessa duologia (li em inglês mesmo) tem. Eu particularmente preferi o primeiro, mas me diverti lendo esse também hahha

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  2. Ai
    a gente fica DOIDA quando não tem a continuação em português ainda rsrsrs
    Tem horas que ver ou ler uma comédia romântica é tudo que a gente precisa, né? ai ai ... Adorei!

    Beijos!
    Pâm
    Blog Interrupted Dreamer

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    1. Oi, Pâm

      sim, tem horas que só isso para salvar o dia

      Beijos :)

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  3. Oi, Emi! Como vai?
    Eu tenho uma agonia com protagonista que não vê o óbvio HAHAH. E te entendo: também ficaria EXAUSTA de um mocinho que força a opinião dele, é chato demais!
    Fiquei com vontade de ler! Amei a resenha e acho incrível como você traz resenhas de livros que, para mim, são totalmente desconhecidos e aparentemente muito bons!

    Um abraço,
    asabelhices.blogspot.com/

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    1. oii, tudo sim :)
      Que bom ahahahahaha eu tô até surpresa porque de 10 livros que compro, 9 eu gosto e sinto necessidade de escrever sobre hahahaha

      beijos :D

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  4. Olá, Emi.
    Eu prefiro muito mais em terceira pessoa do que primeira porque geralmente são poucos livros que dão voz a mais de um protagonista quando é em primeira. E se tem uma coisa que me irrita em alguns livros é quando o autor tenta vender uma coisa do personagem que claramente não é. Tipo falar que é arrogante, e essas coisas e as atitudes são outras e o contrário também, vende a perfeição e a gente vê que não é nada daquilo. Mas espero que consiga ler o segundo, no caso o primeiro hehe.

    Prefácio

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    1. Sil, sim nossa concordo. Fico o tempo todo pensando "mas fulano não é assiiiiiiiiim". Uma briga eterna na minha cabeça entre mim e as personagens hahaha
      Consegui ler sim, mas em inglês mesmo. Se foi lançado em português, desconheço :(

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  5. Oi!
    Eu defendo demais romances/chick-lits com pontos de vistas dos dois, pois tipo a mocinha toda focada em reclamar que o cara é irritante e quando chega o capítulo dele o cara tá doido por ela hahaha. A capa não me chamou a atenção, mas achei interessante a proposta!

    Beijão
    https://deiumjeito.blogspot.com/

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    1. Eu também! Acho muito importante saber o que os protagonistas pensam e sentem.

      Beijos

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